sábado, 28 de fevereiro de 2009
E março chegou!
Malas prontas, contas pagas, plantas cuidadas. Livros selecionados, DVDs separados e instrumentos embalados. Ansiedades prestes a serem alimentadas e vencidas. Finalmente março barte a porta. Amanhã (ou, daqui a pouco) chegaremos a terra de todos os santos pós Carnaval. É hora de celebrarmos o encontro e a nova fase desse projeto de trocas. Que venham os trabalhos. Que venham os desafios de TRABALHOS. É acarajé com jerimum! E vamo nóis!!
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Cortes
Nestes últimos dias antes de partir para a grande imersão em Salvador estive trabalhando numa proposta de alguns cortes do texto de Trabalhos de Amor Perdidos. A tarefa é ingratíssima, uma vez que a tradução que estamos trabalhando, da querida Aimara Resende, é de uma extrema felicidade, por um lado respeita o brilho da obra original, e mas por outro recontextualiza os jogos de palavras que o texto propõe.
Diferente de outros texto shakespearianos com os quais já trabalhamos, em especial o Muito Barulho, que identificamos uma necessidade de reduzir gorduras, confesso que, com o Trabalhos de Amor, propus cortes por uma questão de tempo de leitura: na cronometragem que os meninos fizeram em Salvador, a leitura durou 2h47! Além dessa dificuldade de ser muito mais direto, o texto é todo baseado em jogos de palavras e, nesta tradução - assim como no original -, é escrito em verso.
No retorno ao trabalho no Vila, com todos os atores, apresentarei essas propostas e fecharemos a nossa versão do texto.
Agora, é arrumar as malas e enfrentar o calor soteropolitano! Não tenho dúvida que o trabalho será muito bom, esse encontro dos Clowns e d'A Outra renderá muitos frutos.
Diferente de outros texto shakespearianos com os quais já trabalhamos, em especial o Muito Barulho, que identificamos uma necessidade de reduzir gorduras, confesso que, com o Trabalhos de Amor, propus cortes por uma questão de tempo de leitura: na cronometragem que os meninos fizeram em Salvador, a leitura durou 2h47! Além dessa dificuldade de ser muito mais direto, o texto é todo baseado em jogos de palavras e, nesta tradução - assim como no original -, é escrito em verso.
No retorno ao trabalho no Vila, com todos os atores, apresentarei essas propostas e fecharemos a nossa versão do texto.
Agora, é arrumar as malas e enfrentar o calor soteropolitano! Não tenho dúvida que o trabalho será muito bom, esse encontro dos Clowns e d'A Outra renderá muitos frutos.
Os selecionado...
Segue abaixo a lista dos selecionados para as três oficinas do projeto Conexão Shakespeare-Nordeste. Aos selecionados, parabéns! A quem ficou de fora, o nosso agradecimento pela inscrição e o nosso convite para participarem das outras atividades do projeto: o seminário sobre Shakespeare nos dias 18 e 19 de março e leitura encenada realizada pel'A Outra Companhia de Teatro e pelos Clowns de Shakespeare do texto Trabalhos de amor perdidos no dia 19 de março, às 19 horas, aqui no Vila.
Lembrando que segunda-feira começa a Oficina Laboratório de Criação Cênica, com Fernando Yamamoto. Então, todos os selecionado para esta oficina compareçam ao Vila a partir de 13:30.No mais, é isso... Segue a lista:
OFICINA LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO CÊNICA
1. ALEX BARRETO DOS SANTOS
2. ALEXANDRE GEISLER DE BRITO LIRA
3. ANA CAROLINA FERREIRA ALVES
4. ANDERSON DE ALCANTARA SANTOS
5. ANGEL MÁRIA MARQUES FONSECA
6. CRISTIANE MARIA GONÇALVES DE LACERDA
7. EDNEI SOARES DA COSTA
8. FILIPE SILVEIRA LEITE ALVES SANTOS
9. JAQUELINE DE LEÃO SANTANA
10. JONATAN DE SANTANA MIRANDA AMORIM
11. LUCAS DOS ANJOS PIMENTEL
12. MAIANA PASSOS VEIGA
13. MARINA POLLYANNA S. M. DO CARMO
14. MAURÍCIO SILVA MENDES
15. NOAN SOUZA SANTOS
16. ROBSON GOMES DA SILVA
17. ROGERIO DE ASSIS
18. ROSANGELA DE GINO BENTO
19. RUY JOSÉ DOS SANTOS
20. SANDRO SUZART SOUZA SANTANA
21. SAULUS CASTRO
22. VERENA UZÊDA SENA GOMES
23. VINÍCIUS MARTINS
24. WINDSON MORAES
25. YOLANDA JACY ROCHA DOURADO
OFICINA A MÚSICA DA CENA
1. ALBERT DE SOUZA VIEIRA
2. ANDRÉ LUÍS PINHEIRO
3. BÁRBARA VIRGÍNIA DAMASCENO BRAGA
4. BRUNO ROBERTO DE SOUSA
5. CARLOS DARZÉ
6. CATARINA ROSA CAMPOS
7. CHRISTIANA DIAS DE MENDES RIBEIRO
8. DANILO DOS SANTOS SILVA
9. DIEGO NUNES PINHEIRO
10. DOMINIQUE EVELYN GALVÃO DE JESUS
11. EMERSON SANTOS NUNES
12. EMILLIE LAPA DO ESPIRITO SANTO
13. FRANCISCO MÁRCIO DE LIMA OLIVEIRA
14. IVAN ALEXANDRE DOS SANTOS FILHO
15. JACYAN CASTILHO
16. JAMILE DE OLIVEIRA GONÇALVES
17. JÉSSICA COUTO PEREIRA
18. LIZ NOVAIS PINHEIRO
19. PATRÍCIA DE SÁ OLIVEIRA FRANCO
20. SARA QUELEN MASCARENHAS DOS SANTOS
21. VANIA FRANÇA DE OLIVEIRA
OFICINA GESTÃO DE GRUPO
1. ANGELA DA COSTA MOREIRA
2. BIANCA GONZAGA TRINDADE
3. CARLOS AGUSTO CHIMINI
4. CARLOS RAFAEL LUZ DE SOUSA
5. DOMINIQUE EVELYN GALVÃO DE JESUS
6. ELAINE PINHO
7. ÉRICA MARTINS DE MIRANDA RIBEIRO
8. FÁBIO OSÓRIO
9. FRANCISCO MÁRCIO DE LIMA OLIVEIRA
10. ISABELA COELHO
11. JULIETE NASCIMENTO DOS SANTOS
12. LAÍS GOMES ROCHA
13. MICHELE FERREIRA RAMOS
14. MONICA FERREIRA
15. PAULA BRITO DE OLIVEIRA
16. RAQUEL MACIEL PAULO DOS ANJOS
17. RENATA MACIEL PAULO DOS ANJOS
18. RUY JOSÉ DOS SANTOS
19. SHEILA ROBERTA MASCARENHAS LAURO DA SILVA
20. THIAGO MANDU DOS SANTOS
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Fecha a conta e passa a régua!
Acabou-se o que era doce! Não! Eu não estou falando do carnaval. Estão encerradas as inscrições para as oficinas do projeto Conexão Shakespeare-Nordeste.
A procura foi grande, mais uma vez recebemos toneladas de e-mails de incrições, inclusive durante o carnaval. Serão 20 alunos por turmas, as vagas foram mais concorridas do que abadá de graça ou vaga para trabalhar de cordeiro, e até amanhã, dia 27/02, entraremos em contato com os felizardos que farão parte das turmas das oficinas ministradas pelo grupo Clowns de Shakespeare (RN) entre os dias 02 e 20 de março.
Além das oficinas o projeto prevê ainda um seminário sobre Shakespeare nos dias 18 e 19 de março, aqui no Vila, e uma leitura encenada do texto Trabalhos de amor perdidos, no dia 19, às 19 horas, no Cabaré dos Novos, com entrada franca.
Mas para quem não conseguiu se inscrever nas oficinas do Conexão ou para quem se inscreveu e não foi selecionado sempre há uma chance de fazer oficina. Como na Bahia tem carnaval o ano todo, aqui no Vila também sempre tem oficina.
Aproveito a ocasião para informar em primeira mão que a partir de segunda-feira, dia 02, estão abertas as inscrições para a Oficina de Teatro para Iniciantes com A Outra Companhia de Teatro. As aulas acontecerão aos sábados e domingos, das 09 às 12:00, aqui no Vila.
Ligue pra gente a partir de segunda-feira ou mande um e-mail para aoutra@teatrovilavelha.com.br.
Não perca!
A procura foi grande, mais uma vez recebemos toneladas de e-mails de incrições, inclusive durante o carnaval. Serão 20 alunos por turmas, as vagas foram mais concorridas do que abadá de graça ou vaga para trabalhar de cordeiro, e até amanhã, dia 27/02, entraremos em contato com os felizardos que farão parte das turmas das oficinas ministradas pelo grupo Clowns de Shakespeare (RN) entre os dias 02 e 20 de março.
Além das oficinas o projeto prevê ainda um seminário sobre Shakespeare nos dias 18 e 19 de março, aqui no Vila, e uma leitura encenada do texto Trabalhos de amor perdidos, no dia 19, às 19 horas, no Cabaré dos Novos, com entrada franca.
Mas para quem não conseguiu se inscrever nas oficinas do Conexão ou para quem se inscreveu e não foi selecionado sempre há uma chance de fazer oficina. Como na Bahia tem carnaval o ano todo, aqui no Vila também sempre tem oficina.
Aproveito a ocasião para informar em primeira mão que a partir de segunda-feira, dia 02, estão abertas as inscrições para a Oficina de Teatro para Iniciantes com A Outra Companhia de Teatro. As aulas acontecerão aos sábados e domingos, das 09 às 12:00, aqui no Vila.
Ligue pra gente a partir de segunda-feira ou mande um e-mail para aoutra@teatrovilavelha.com.br.
Não perca!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Na última segunda-feira, nós d'A Outra nos encontramos numa das Salas do Teatro Vila Velha para preparar nosso workshop, que será apresentado ao Fernando e seus companheiros do Clowns de Shakespeare, que aqui chegarão todos juntos no dia 01 de março para iniciarmos nossa segunda etapa de preparação, finalização e apresentação da leitura encenada lá no dia 19/03.
Pois bem, chegamos (os meninos) com a proposta de levantar parte da Cena 1 do Ato I do "Trabalhos de Amos Perdidos". Começamos lendo o fragmento e improvisando, deixando vir livremente a contracena entre´a gente. Ao final desta primeira leitura percebemos que Jeferson não estava inserido no fragmento (nem no nosso nem no outro que ficou das meninas fazerem). O que fazer??? Sem demora, resolvemos! Ao invés de fazer só uma parte da cena, faremos toda ela. E assim seguimos, os cinco: Eu, Junior, Vinicio, Buranga e Jeferson... lendo e pensando em maneiras de deixar o texto mais claro, mais possível de ser entendido por quem for assistir... e chegamos num resultado que acreditamos que seja bacana e interessante de ser mostrado aos companheiros que chegarão logo em breve pelas bandas de cá da Bahia.
Então, mostramos as meninas que falaram o que acharam e na sequência assistimos ao que elas haviam preparado (mesmo desfalcadas, já que Rita viajou e só voltará depois do Carnaval e Indaiá não poderá fazer a leitura por conta de sua faculdade que este semestre será a noite!). O mesmo fizemos com elas: dissemos o que pensávamos e achávamos do que elas propuseram.
Pois bem, chegamos (os meninos) com a proposta de levantar parte da Cena 1 do Ato I do "Trabalhos de Amos Perdidos". Começamos lendo o fragmento e improvisando, deixando vir livremente a contracena entre´a gente. Ao final desta primeira leitura percebemos que Jeferson não estava inserido no fragmento (nem no nosso nem no outro que ficou das meninas fazerem). O que fazer??? Sem demora, resolvemos! Ao invés de fazer só uma parte da cena, faremos toda ela. E assim seguimos, os cinco: Eu, Junior, Vinicio, Buranga e Jeferson... lendo e pensando em maneiras de deixar o texto mais claro, mais possível de ser entendido por quem for assistir... e chegamos num resultado que acreditamos que seja bacana e interessante de ser mostrado aos companheiros que chegarão logo em breve pelas bandas de cá da Bahia.
Então, mostramos as meninas que falaram o que acharam e na sequência assistimos ao que elas haviam preparado (mesmo desfalcadas, já que Rita viajou e só voltará depois do Carnaval e Indaiá não poderá fazer a leitura por conta de sua faculdade que este semestre será a noite!). O mesmo fizemos com elas: dissemos o que pensávamos e achávamos do que elas propuseram.
E assim... trocando, conversando, criando e lendo, finalizamos nossos trabalhos afinal amanhã já começa a folia aqui na terra de todos os cantos, encantos e axé - é CARNAVAL minha gente! Vamo simbora! Vamos nos divertir seja no meio da folia ou fora dela, descansando!
Ah! Em último tempo, as inscrições para as oficinas da segunda etapa do projeto estão rolando a todo vapor. Muita gente procurando e se inscrevendo... tá um negócio que só vendo! No dia 27/02 estaremos fechando as turmas, tentando acolher ao máximo todos os interessados, mas... É importante só registrar que desse modo percebemos como ainda são poucas as atividades de formação nesse sentido (oficinas artísticas gartuitas e de qualidade) aqui pela capital soteropolitana!
Axé! Axé! Axé!
sábado, 14 de fevereiro de 2009
... menino, foi com muito riso, muitas surpresas e bons resultados que encerramos ontem a oficina de teatro ministrada pel'A Outra Companhia de Teatro.
A oficina, que começou no último dia 04, trouxe para os participantes uma série de exercícios e dinâmicas que despertassem nos jovens artistas um dos pilares das artes cênicas - que acreditamos ser o centro da interpretação: a contracenação, a troca, o jogo entre os atores.
Com muitas revisões no cronograma das atividades a serem realizadas, finalizamos compondo uma espécie de mostra de resultado! Não era a nossa intenção, pelo contrário. Como tínhamos uma carga horária de apenas 15h, optamos por não pensar num possível resultado, pois assim poderíamos trabalhar com os alunos mais jogos que focassem na dilatação de energia, no entrosamento e composição de grupo, na construção de estruturas dramaturgicas e na contracenação.
Pois bem, não conseguimos resistir a mostra, na verdade a geração de um resultado prático e direto destes 05 encontros ao longo dessas duas semanas. Os meninos queriam, a gente resistiu, mas foi o decorrer da oficina que nos revelou essas preciosas cenas ricas em entusiasmo e tão cheio de pessoas-personagens com as quais cruzaremos aí a fora durante os próximos 06 ou 07 ou 08 dias de Carnaval aqui na terra do axé?! Artistas, cantores, foliões, cordeiros, prostitutas, capoeiristas, travestidos... um sem-fim de criaturas!
Assim, finalizamos nossa oficina!
E os trabalhos para a leitura encenada continuam! Temos nos encontrado as segundas e quartas pra trabalharmos em cima do binômio ritmo-entendimento e preparmos o worshop com sugestões de encenação e tal... vamo em frente!!!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Começo Marginal
Nossa porta de entrada no projeto foi meio que marginal. Começamos à distancia, aqui mesmo em Natal, e sem a presença de Fernando. Nosso único meio de contato com os outros, ou melhor dizendo, com a “Outra”, resumia-se a esse blog e alguns breves relatos obtidos em rápidos telefonemas.
Começamos por ler a tradução de Beatriz Viégas, dividir a peça em movimentos e posteriormente dar nome a eles.
Essa prática de dividir a peça em movimentos, ao que me lembro, foi proposta pela primeira vez em nosso grupo pelo ator e diretor Eduardo Moreira, do grupo Galpão, quando juntamente com Fernando dirigiu o nosso espetáculo “Muito Barulho Por Quase Nada”. Trata-se de uma divisão sequencial minuciosa da dramaturgia em pequenos fragmentos. Dentro de cada cena, por vezes, chega a caber vários movimentos.
O que define o fim de um movimento e o começo do seguinte já foi motivo de discussão dentro do grupo, mas ainda assim não me sinto seguro o suficiente a ponto de conseguir escrever seu normativo. Diria que sempre que a música da narrativa oferece alguma mudança perceptível aos ouvidos tratamos de determinar uma quebra de movimento. Sempre que muda o assunto, ou ainda o elemento central que naquele momento move o conjunto de ações, tratamos de definir que o movimento mudou.
Ao final da extração de cada pequena fatia tratamos de dar um nome a ela. A tarefa de batismo nos rende boas risadas e da espaço para a criação de títulos dos mais sugestivos. Essa é uma forma eficiente de facilitar a compreensão e a memorização da seqüência de acontecimentos da história.
Começamos por ler a tradução de Beatriz Viégas, dividir a peça em movimentos e posteriormente dar nome a eles.
Essa prática de dividir a peça em movimentos, ao que me lembro, foi proposta pela primeira vez em nosso grupo pelo ator e diretor Eduardo Moreira, do grupo Galpão, quando juntamente com Fernando dirigiu o nosso espetáculo “Muito Barulho Por Quase Nada”. Trata-se de uma divisão sequencial minuciosa da dramaturgia em pequenos fragmentos. Dentro de cada cena, por vezes, chega a caber vários movimentos.
O que define o fim de um movimento e o começo do seguinte já foi motivo de discussão dentro do grupo, mas ainda assim não me sinto seguro o suficiente a ponto de conseguir escrever seu normativo. Diria que sempre que a música da narrativa oferece alguma mudança perceptível aos ouvidos tratamos de determinar uma quebra de movimento. Sempre que muda o assunto, ou ainda o elemento central que naquele momento move o conjunto de ações, tratamos de definir que o movimento mudou.
Ao final da extração de cada pequena fatia tratamos de dar um nome a ela. A tarefa de batismo nos rende boas risadas e da espaço para a criação de títulos dos mais sugestivos. Essa é uma forma eficiente de facilitar a compreensão e a memorização da seqüência de acontecimentos da história.
Trabalhos de amor
Foi a mais ou menos onze anos atrás que Fernando Yamamoto, recém chegado da Inglaterra, me falou de uma peça que tinha assistido com a Royal Shakespeare Company. Essa peça se chamava “Love's Labour's Lost” ou “Trabalhos de Amor Perdidos” e desde então despertei interesse pela obra. Oito anos mais foram necessários para que minha curiosidade nutrisse incomodo suficiente a ponto de me obrigar a finalmente parar para ler a bendita comédia.
Sem dúvida as expectativas se confirmaram. Como diz Harold Bloom “Trabalhos de Amor Perdidos é um banquete da linguagem, um espetáculo pirotécnico em que Shakespeare parece buscar os limites de sua destreza verbal e descobre que estes não mais existem.”
É sabido que Bloom alimenta uma idolatria incondicional por Shakespeare e vez por outra é acometido de exagero, mas neste caso sou obrigado a concordar com ele.
Agora, com a leitura encenada que vamos levantar junto com a “Outra”, poderemos adquirir ainda mais intimidade com a história e seus personagens. Apenas a encenação (ainda que em forma de leitura) permite aflorar as nuances e coloridos engenhosamente arquitetados pelo autor, principalmente quando se fala de Shakespeare.
Sem dúvida as expectativas se confirmaram. Como diz Harold Bloom “Trabalhos de Amor Perdidos é um banquete da linguagem, um espetáculo pirotécnico em que Shakespeare parece buscar os limites de sua destreza verbal e descobre que estes não mais existem.”
É sabido que Bloom alimenta uma idolatria incondicional por Shakespeare e vez por outra é acometido de exagero, mas neste caso sou obrigado a concordar com ele.
Agora, com a leitura encenada que vamos levantar junto com a “Outra”, poderemos adquirir ainda mais intimidade com a história e seus personagens. Apenas a encenação (ainda que em forma de leitura) permite aflorar as nuances e coloridos engenhosamente arquitetados pelo autor, principalmente quando se fala de Shakespeare.
Oportunidade de Trabalho
Depois de um 2008 recheado de trabalhos administrativos e muita burocracia, nos dos “Clowns”, fomos unânimes em definir que era hora de dar mais espaço as práticas artísticas em nosso planejamento de atividades. Surge então em boa hora a parceria com a “Outra Cia de Teatro” e o projeto “Conexão Shakespeare Nordeste”.
Debruçar-se sobre o querido bardo a partir de uma perspectiva nordestina, mais especificamente sobre uma de suas obras que figuram no meu rol de predileção “Trabalhos de Amor Perdidos”, e ainda por cima intercambiar informações com outro grupo parceiro/irmão, representa para nos dos Clowsn o mais refinado e delicioso trabalho.
Viva!
Debruçar-se sobre o querido bardo a partir de uma perspectiva nordestina, mais especificamente sobre uma de suas obras que figuram no meu rol de predileção “Trabalhos de Amor Perdidos”, e ainda por cima intercambiar informações com outro grupo parceiro/irmão, representa para nos dos Clowsn o mais refinado e delicioso trabalho.
Viva!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
OfIcInAs!! oFiCiNaS!! OfIcInAs!! oFiCiNaS!!
É isso mesmo!!
Estão abertas as inscrições para as oficinas da 2ª etapa do projeto. Desta vez serão 03 modalidades, e os Clowns é que estarão conduzindo as atividades:
* Laboratório de Criação Cênica - com Fernando Yamamoto - de 02 a 06 de março, das 14 as 17h
* A Música da Cena - com Marco França - de 09 a 13 de março, das 14 as 17h
* Gestão de Grupo - com Renata Kaiser e César Ferrário - de 16 a 20 de março, das 14 as 17h
Todas as oficinas serão realizadas no Teatro Vila Velha, e terão apenas 20 vagas. Portanto, não perca tempo e se inscreva logo. Para efetuar a inscrição, os interessados deverão enviar um e-mail para o endereço eletrônico aoutra@teatrovilavelha.com.br, com os seguintes dados:
* Nome Completo
* Data de Nascimento - mínimo de 16 anos!
* Endereço - onde você mora?
* Telefone para contato - celular, fixo...
* Opção da oficina - qual das três?
Daí, então, estaremos enviando um e-mail confirmando (ou não) sua participação na oficina até o dia 28 de fevereiro.
Não perca tempo! Os primeiros serão... os contemplados!
Simbora! Está dada a largada!
Estão abertas as inscrições para as oficinas da 2ª etapa do projeto. Desta vez serão 03 modalidades, e os Clowns é que estarão conduzindo as atividades:
* Laboratório de Criação Cênica - com Fernando Yamamoto - de 02 a 06 de março, das 14 as 17h
* A Música da Cena - com Marco França - de 09 a 13 de março, das 14 as 17h
* Gestão de Grupo - com Renata Kaiser e César Ferrário - de 16 a 20 de março, das 14 as 17h
Todas as oficinas serão realizadas no Teatro Vila Velha, e terão apenas 20 vagas. Portanto, não perca tempo e se inscreva logo. Para efetuar a inscrição, os interessados deverão enviar um e-mail para o endereço eletrônico aoutra@teatrovilavelha.com.br, com os seguintes dados:
* Nome Completo
* Data de Nascimento - mínimo de 16 anos!
* Endereço - onde você mora?
* Telefone para contato - celular, fixo...
* Opção da oficina - qual das três?
Daí, então, estaremos enviando um e-mail confirmando (ou não) sua participação na oficina até o dia 28 de fevereiro.
Não perca tempo! Os primeiros serão... os contemplados!
Simbora! Está dada a largada!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Rapaz, a oficina da gente (A Outra Companhia de Teatro) tá que tá um negócio bom danado! Vai desde jogos como o "HOP" até revelações bombásticas temperadas com o gritinho da Margareth, o "pum" com o olho direito, o beijo pra Band no meio da folia, o "swing" da garagem e o casal que se resolve atrás da árvore.
Tem sido num clima quente e de pura alegria e descontração o nosso dia-a-dia com essa galera que tem trazido suas histórias e fantasias para criação de cenas do imaginário popular dessa Bahia a beira do Carnaval, já embalada pelo som dos tambores nos ensaios de verão.
E de tudo acontece nesse período em que rolam as atividades lá na arena do Passeio Público. Isso porque como foi grande o número de inscritos e o calor tem sido imenso aqui na Bahia, optamos por realizar as aulas num espaço aberto e que de algum modo estivesse integrado a nossa casa - o Teatro Vila Velha, então nada melhor do que escolher um lugar desse grande jardim do Palácio da Aclamação: o Passeio Público.
Aqui no Passeio de tudo se vê, tudo acontece, todo mundo vê, mas faz de conta que não tá nem aí. Pois bem, e olha que a oficina tem dado o que falar:
Tem sido num clima quente e de pura alegria e descontração o nosso dia-a-dia com essa galera que tem trazido suas histórias e fantasias para criação de cenas do imaginário popular dessa Bahia a beira do Carnaval, já embalada pelo som dos tambores nos ensaios de verão.
E de tudo acontece nesse período em que rolam as atividades lá na arena do Passeio Público. Isso porque como foi grande o número de inscritos e o calor tem sido imenso aqui na Bahia, optamos por realizar as aulas num espaço aberto e que de algum modo estivesse integrado a nossa casa - o Teatro Vila Velha, então nada melhor do que escolher um lugar desse grande jardim do Palácio da Aclamação: o Passeio Público.
Aqui no Passeio de tudo se vê, tudo acontece, todo mundo vê, mas faz de conta que não tá nem aí. Pois bem, e olha que a oficina tem dado o que falar:
é casal que entre um beijo e outro pára pra ver o que tá acontecendo...
... o moço que vende água e refrigerante que tem sido nosso espectador fiel...
... são as meninas que entre um cigarro e uma resenha dão uma olhada.
Bom, estamos caminhando rumo a finalização desta oficina curta. E neste 3ºdia, bem no meio do trajeto, começamos com uma alongamento para como guerreiros seguirmos firmes em nosso caminho de criação de cenas até chegarmos num espaço de conversa e reflexão do que tem sido para cada um.
Quarta-feira tem mais! E hoje tem leitura pelas bandas de cá da Bahia... Simbora!
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Ufa!
E finalmente chegamos ao final da leitura, ontem à tarde. Mas isso só depois de muito tempo perdido na tentativa de encontrarmos nomes "fantasticamente criativos" para batizar cada movimento. É que nós atores achamos que podemos revolucionar a história do Teatro Brasileiro (pra não dizer Mundial) com ações assim, tão pontuais. Tsc tsc tsc... pobres mortais!
Ficou infinitamente claro, apesar da estrutura em verso que a tradução da Aimara propõe, o jogo que o texto nos oferece. Foi muito bom (e está sendo ainda) ler uma nova comédia do velho bardo depois de exatos 6 anos. Período em que me deparei pela primeira vez com uma peça da obra shakesperiana, na ocasião da montagem do espetáculo Muito Barulho por Quase Nada. O tempo e a experiência vividos até aqui são recompensantes para os fios brancos que insistem em florescer nesses momentos de deleite diante de um texto do "homi" (para os leitores não-nordestinos, leia "õmi"). É muito bacana perceber no ritmo versado, o que pode acabar virando uma armadilha para nós, a música do texto. Reforço aqui que falei RITMO e não ANDAMENTO, ok queridos? Rsrsrs. Resolveremos em breve essa aparente confusãozinha, relaxem.
Não vejo a hora de estarmos juntos, brincando, celebrando, de fato, trocando experiência, uma das razões maiores no teatro que fazemos. "E vai rolar a festa!!"
Segunda (dia 9) tem lição de casa pra mostrar pro "tio Japonês".
E vamo que vamo! Abraço de tapioca quentinha procês!
Marco
Ficou infinitamente claro, apesar da estrutura em verso que a tradução da Aimara propõe, o jogo que o texto nos oferece. Foi muito bom (e está sendo ainda) ler uma nova comédia do velho bardo depois de exatos 6 anos. Período em que me deparei pela primeira vez com uma peça da obra shakesperiana, na ocasião da montagem do espetáculo Muito Barulho por Quase Nada. O tempo e a experiência vividos até aqui são recompensantes para os fios brancos que insistem em florescer nesses momentos de deleite diante de um texto do "homi" (para os leitores não-nordestinos, leia "õmi"). É muito bacana perceber no ritmo versado, o que pode acabar virando uma armadilha para nós, a música do texto. Reforço aqui que falei RITMO e não ANDAMENTO, ok queridos? Rsrsrs. Resolveremos em breve essa aparente confusãozinha, relaxem.
Não vejo a hora de estarmos juntos, brincando, celebrando, de fato, trocando experiência, uma das razões maiores no teatro que fazemos. "E vai rolar a festa!!"
Segunda (dia 9) tem lição de casa pra mostrar pro "tio Japonês".
E vamo que vamo! Abraço de tapioca quentinha procês!
Marco
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Começou!
Parecia festa de largo. Era gente que não acabava mais. Uns atrasados, outros implorando na última hora para entrar. E o resultado foi muita gente suando, correndo e gritando pelo passeio público.
Realizamos o primeiro dia de oficina pelo projeto e a aula foi massa. Muito suor, bastante trabalho físico (a cara d'A Outra) e com o calor que está fazendo em Salvador, não demorou muito até a galera começasse a pedir água. Utilizamos isso como elemento motivador dos exercícios e o resultado foi muito bom.
Aconteceu a integração entre os participantes, coisa fundamental no primeiro dia de trabalho. A turma, apesar de grande, conseguiu manter a concentração e se empenhou nos exercícios e no final da aula já deu pra perceber um início de relações surgidas no exercício de improvisação.
Amanhã tem de novo. Daremos continuidade ao trabalho e o dia promete mais calor, muitas brincadeiras, diversão e muito exercício.
Trabalhos Potiguares
Salve salve, caríssimos hermanos! Depois de muita ralação por aqui, finalmente já estamos debruçados e debulhando o da Aimara...digo, o texto, tradução dela. Bom, vcs me entenderam, claro. Temos nos divertido muito e , com o nosso "Fernandinho" de volta ao terreno de cá, estamos com o time mais q completo. A bola tá rolando. Estamos muito felizes e animados com essa partida q se aproxima. E por aí? Como vão os OUTROS?
Abraços,
Marco
Abraços,
Marco
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Êta negócio divertido!
Engraçado como esse negócio de ler vários personagens é divertido e amplia a nossa compreensão do texto, da atmosfera, dos artifícios, das justificativas...
Ontem, (quero dizer, anteontem, pois já passa das 03 da madrugada) retomamos os trabalhos com o texto. Conversamos um pouquinho e fomos para a leitura, e infelizmente por conta da festa de 2 de fevereiro Ritinha não conseguiu chegar para a leitura (... nada contra a festa pelo amor de Iemanjá, mas como Ritinha mora no Rio Vermelho, local da festa, foi impossível que ela se juntasse a nós), por conta disso, eu acabei lendo, além de Longaville e Natanael, personagens indicados por Fernando, Meio-Quilo e a Princesa.
Rapaz, eu me divertir!
Na hora de ler os outros dois personagens tinha toda a preocupação de entender as falas, de pensar no ritmo, na métrica, mas na hora de ler a Princesa era um negócio leve, divertido de fazer e de entender as ferruadas que a nobre dá no Rei, em Boyet, e cia.
Já com Meio-Quilo me divertir ainda mais. Primeiro por que Luiz que está lendo Armado testou um sotaque que era uma mistura de castelhano, com italiano, às vezes tinha um surto de português de Portugal e acho que tinha até um pouquinho de sardo ou de provençal no meio. E segundo por que quando dois personagens que estava lendo se cruzavam era um negócio de fala fino, fala grosso pra mudar de personagem (Buranga e Luiz também passaram por isso um bocado... rsrrsrs).
Enfim, o trabalho rendeu, cronometramos a leitura do texto todo (cerca de 2 horas e 45 minutos), e amanhã começa a oficina que iremos ministrar pelo projeto. A procura foi tão grande que a gente até tentou reabrir a Fonte Nova pra dar aula lá pra caber todo mundo (exagerado!!!), mas a gente vai se ajeitar pelo Passeio Público mesmo.
Amanhã tem oficina, vai ser massa e que março chegue!
Ontem, (quero dizer, anteontem, pois já passa das 03 da madrugada) retomamos os trabalhos com o texto. Conversamos um pouquinho e fomos para a leitura, e infelizmente por conta da festa de 2 de fevereiro Ritinha não conseguiu chegar para a leitura (... nada contra a festa pelo amor de Iemanjá, mas como Ritinha mora no Rio Vermelho, local da festa, foi impossível que ela se juntasse a nós), por conta disso, eu acabei lendo, além de Longaville e Natanael, personagens indicados por Fernando, Meio-Quilo e a Princesa.
Rapaz, eu me divertir!
Na hora de ler os outros dois personagens tinha toda a preocupação de entender as falas, de pensar no ritmo, na métrica, mas na hora de ler a Princesa era um negócio leve, divertido de fazer e de entender as ferruadas que a nobre dá no Rei, em Boyet, e cia.
Já com Meio-Quilo me divertir ainda mais. Primeiro por que Luiz que está lendo Armado testou um sotaque que era uma mistura de castelhano, com italiano, às vezes tinha um surto de português de Portugal e acho que tinha até um pouquinho de sardo ou de provençal no meio. E segundo por que quando dois personagens que estava lendo se cruzavam era um negócio de fala fino, fala grosso pra mudar de personagem (Buranga e Luiz também passaram por isso um bocado... rsrrsrs).
Enfim, o trabalho rendeu, cronometramos a leitura do texto todo (cerca de 2 horas e 45 minutos), e amanhã começa a oficina que iremos ministrar pelo projeto. A procura foi tão grande que a gente até tentou reabrir a Fonte Nova pra dar aula lá pra caber todo mundo (exagerado!!!), mas a gente vai se ajeitar pelo Passeio Público mesmo.
Amanhã tem oficina, vai ser massa e que março chegue!
Em casa
Ontem encontrei, pela primeira vez nesse ano, com meus parceiros dos Clowns de Shakespeare, já que as viagens, tanto de férias, quanto de trabalho, evitou que nos encontrássemos todos até então. No trabalho de ontem, não tivemos tempo para pegar o texto do Trabalhos de Amor Perdidos, diante de todas as questões administrativas que precisávamos dar conta para começar o ano de trabalho, mas chegamos a conversar um pouco, tanto sobre o trabalho já feito em Salvador, quanto sobre as leituras que eles fizeram na semana passada, e de como foi esse primeiro contato com o texto.
Já hoje, pela primeira vez, pudemos trabalhar sobre o texto. Fizemos uma leitura dos quatro primeiros atos, confrontando as divisões de movimentos de cena que eles fizeram na semana passada, com o que fiz com os meninos d'A Outra em Salvador. É muito interessante perceber as semelhanças de análise, assim como nas diferenças de sotaques, e na intimidade que, obviamente, já temos com a prosódia shakespeariana, diferente das dificuldades que a maior parte dos atores d'A Outra tiveram. Por outro lado, só diante do trabalho aqui em Natal, por contraste, pude perceber como conseguimos aprofundar na análise em Salvador, como a compreensão sobre o texto e o universo temático de Trabalhos foi apropriada e garantida com os atores baianos, coisa que ainda não conseguimos chegar por aqui.
Enfim, diferenças complementares, que só me fazem desejar ainda mais que março chegue logo, para colocarmos essas histórias diferentes de vida e de teatro para intercambiarem!
P.S.: Importante registrar que hoje, finalmente, conseguimos garantir a ida da Camille, nossa mais nova colaboradora/estagiária, que vai conosco para Salvador trabalhar no Conexão. Bem-vinda, Magrela!!!!
Já hoje, pela primeira vez, pudemos trabalhar sobre o texto. Fizemos uma leitura dos quatro primeiros atos, confrontando as divisões de movimentos de cena que eles fizeram na semana passada, com o que fiz com os meninos d'A Outra em Salvador. É muito interessante perceber as semelhanças de análise, assim como nas diferenças de sotaques, e na intimidade que, obviamente, já temos com a prosódia shakespeariana, diferente das dificuldades que a maior parte dos atores d'A Outra tiveram. Por outro lado, só diante do trabalho aqui em Natal, por contraste, pude perceber como conseguimos aprofundar na análise em Salvador, como a compreensão sobre o texto e o universo temático de Trabalhos foi apropriada e garantida com os atores baianos, coisa que ainda não conseguimos chegar por aqui.
Enfim, diferenças complementares, que só me fazem desejar ainda mais que março chegue logo, para colocarmos essas histórias diferentes de vida e de teatro para intercambiarem!
P.S.: Importante registrar que hoje, finalmente, conseguimos garantir a ida da Camille, nossa mais nova colaboradora/estagiária, que vai conosco para Salvador trabalhar no Conexão. Bem-vinda, Magrela!!!!
...mas permita só mais algumas palavrinhas...
Na verdade quero compartilhar sobre a minha investigação em "Armado", ou melhor "Don Adriano de Armado", um dos personagens do "Trabalhos de Amos Perdidos".
Num dos encontros com o Fernando, lá na semana retrasada ou re-retrasada... enfim, enquanto eu lia o Armado, ele me pediu par experimentar um sotaque espanhol. Naquele dai dei uma travadinha aqui outra ali, o sotaque quase não apereceu - na verdade usei a lógica do raciocínio e não deixei que a brincadeira se instalasse, tentei lembrar das regras da língua espanhola falada ao invés de deixar sair o que era o "meu" espanhol.
O fato é que ontem, optei por seguir o caminho do estrangeirado... já diz
Holofernes (um outro personagem da peça) num diálogo com Nataniel sobre Armado: "(...) Pensa arrogantemente, sua fala é dogmática, sua linguagem é elaborada, seu olhar ambicioso, seu andar majestoso, e o seu comportamento, de um modo geral, é fútil, ridículo, e presunçoso. É muito cheio de trejeitos, enfeitadíssimo, afetadíssimo, muitíssimo excêntrico; eu diria, mesmo, muito estrangeirado."
Armado que ao final da cena 2 do ato I, afirma sua nacionalidade espanhola, veio ontem cheio de sotaques e modos de falar europeus. Joguei o que vinha na minha cabeça. Fui no sentido contrário. Deixei as palavras me conduzirem e afirmarem o jogo entre eu e meus colegas sentados todos em volta de mesas. Saiu espanhol, italiano, português (de Portugal!), russo, portunhol, inglês... uma mistureba da zorra!
Sei que ao final, um janela foi aberta para o entendimento deste homem ilário e apaixonado. Agora é mergulhar e decsobrir mais.
Simbora!
Na verdade quero compartilhar sobre a minha investigação em "Armado", ou melhor "Don Adriano de Armado", um dos personagens do "Trabalhos de Amos Perdidos".
Num dos encontros com o Fernando, lá na semana retrasada ou re-retrasada... enfim, enquanto eu lia o Armado, ele me pediu par experimentar um sotaque espanhol. Naquele dai dei uma travadinha aqui outra ali, o sotaque quase não apereceu - na verdade usei a lógica do raciocínio e não deixei que a brincadeira se instalasse, tentei lembrar das regras da língua espanhola falada ao invés de deixar sair o que era o "meu" espanhol.
O fato é que ontem, optei por seguir o caminho do estrangeirado... já diz
Holofernes (um outro personagem da peça) num diálogo com Nataniel sobre Armado: "(...) Pensa arrogantemente, sua fala é dogmática, sua linguagem é elaborada, seu olhar ambicioso, seu andar majestoso, e o seu comportamento, de um modo geral, é fútil, ridículo, e presunçoso. É muito cheio de trejeitos, enfeitadíssimo, afetadíssimo, muitíssimo excêntrico; eu diria, mesmo, muito estrangeirado."
Armado que ao final da cena 2 do ato I, afirma sua nacionalidade espanhola, veio ontem cheio de sotaques e modos de falar europeus. Joguei o que vinha na minha cabeça. Fui no sentido contrário. Deixei as palavras me conduzirem e afirmarem o jogo entre eu e meus colegas sentados todos em volta de mesas. Saiu espanhol, italiano, português (de Portugal!), russo, portunhol, inglês... uma mistureba da zorra!
Sei que ao final, um janela foi aberta para o entendimento deste homem ilário e apaixonado. Agora é mergulhar e decsobrir mais.
Simbora!
"Trabalhos" retomados
Ontem, a noite, nos encontramos - A Outra aqui em Salvador - pra retomarmos os trabalhos coletivamente sobre a comédia shakespeareana.
Na semana passada, cada um de nós ficou de fazer o seu dever de casa: estudar o texto, compreendê-lo, destacar imagens, decupar as falas, anotar dúvidas... Para que a partir de ontem nos detivéssemos aos encontros onde: primeiro faríamos uma leitura geral e corrida do texto para relembrarmos e cronometrarmos o tempo, e depois trabalharíamos em cima do binômio ritmo-entendimento da peça.
Assim feito, ontem, dia 02 de fevereiro, as 19h, nos encontramos na Sala 02 do Teatro Vila Velha - em meio ao finalzinho da festa de Iemanjá - e lemos o texto todo. Quanto tempo? Quanto tempo? Uns apostaram em 02:30h, outros em 02:40h... nem uns nem outros, deu 02h 47min! Isso mesmo! DUAS HORAS E QUARENTA E SETE MINUTOS! Êita quanta coisa pra cortar, quanto trabalho pra fazer... é porque daí a gente pode desconsiderar uns 10 minutos - que foi de gaguejos em palavras, de silêncios que alguém se perdeu no texto... E também com mais trabalho e tendo dissecado o texto tal como pretendemos fazer nos próximos dias, certamente reduziremos uns 15 minutos mais... Mesmo assim ainda tem muito o reduzir. Afinal, o nosso teto é de 02 horas - no máximo! Ai ai meu Deus!
A leitura no geral foi bem bacana! Alguns esclarecimentos de cenas e falas aconteceram na prática, algumas cenas ganharam vida a partir do jogo estabelecido... risadas, um clima descontraído, a gente a vontade, e a resenha rolando... BOIÓÓÓÓ...
Vambora minha gente, o trabalho tá aí pra ser feito e se fazendo!
Na semana passada, cada um de nós ficou de fazer o seu dever de casa: estudar o texto, compreendê-lo, destacar imagens, decupar as falas, anotar dúvidas... Para que a partir de ontem nos detivéssemos aos encontros onde: primeiro faríamos uma leitura geral e corrida do texto para relembrarmos e cronometrarmos o tempo, e depois trabalharíamos em cima do binômio ritmo-entendimento da peça.
Assim feito, ontem, dia 02 de fevereiro, as 19h, nos encontramos na Sala 02 do Teatro Vila Velha - em meio ao finalzinho da festa de Iemanjá - e lemos o texto todo. Quanto tempo? Quanto tempo? Uns apostaram em 02:30h, outros em 02:40h... nem uns nem outros, deu 02h 47min! Isso mesmo! DUAS HORAS E QUARENTA E SETE MINUTOS! Êita quanta coisa pra cortar, quanto trabalho pra fazer... é porque daí a gente pode desconsiderar uns 10 minutos - que foi de gaguejos em palavras, de silêncios que alguém se perdeu no texto... E também com mais trabalho e tendo dissecado o texto tal como pretendemos fazer nos próximos dias, certamente reduziremos uns 15 minutos mais... Mesmo assim ainda tem muito o reduzir. Afinal, o nosso teto é de 02 horas - no máximo! Ai ai meu Deus!
A leitura no geral foi bem bacana! Alguns esclarecimentos de cenas e falas aconteceram na prática, algumas cenas ganharam vida a partir do jogo estabelecido... risadas, um clima descontraído, a gente a vontade, e a resenha rolando... BOIÓÓÓÓ...
Vambora minha gente, o trabalho tá aí pra ser feito e se fazendo!
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Êita, sô!
Hoje, 1º de fevereiro, véspera da festa da Mãe das Águas - Iemanjá, faltando apenas 03 dais para começarmos a oficina de iniciação teatral que a gente d'A Outra via ministrar, em virtude do Conexão Shakespeare-Nordeste, é preciso agradecer a todas as pessoas que enviaram e-mail para o e-mail da companhia querendo se inscrever.
No total, foram cerca de 90 e-mails recebidos, uns 50 telefonemas só nesta última semana, e sem falar nas pessoas que apareceram aqui no Teatro Vila Velha querendo informações.
A oficina que teria 30 vagas, acabou fechando com 45 pessoas inscritas. Deixando umas 50 pessoas com água na boca. Mas deixemos a cena para os encenadores e o drama para os dramaturgos de plantão! Em março, outras oficinas acontecerão, aqui no Teatro, gratuitamente. E serão três as modalidades: teatro, música/musicalidade para a cena e gestão de grupos - todas ministradas por integrantes dos Clowns de Shakespeare que estarão aqui em Salvador durante quase todo o mês.
Portanto, é preciso estar atento! Acompanhar o blog (tanto este como o do TVV- www.teatrovilavelha.com.br/blog). E assim que abrirmos as inscrições, é só enviar seu e-mail o quanto antes pra garantir sua participação nestas oficinas que terão apenas 20 vagas cada uma.
No mais, o planejamento destas aulas tem fluído num entusiasmo só. A gente tá preparando uma oficina onde pretendemos misturar nossos jogos e dinâmicas com alguns exercícios que pudemos testar com o Fernando durante o período em que esteve aqui em janeiro trabalhando a leitura do "Trabalhso de Amor Perdidos" conosco. vai ter de tudo: coelhinho na toca, bandeira, bolinhas, vilão, 1ª palavra, caboré, 4x4 (jogo do andamento ou ritmo... ai meu deus, ainda me confundo com essa nomenclatura!), até chegarmos na nossa colcha de retalhos.
Simbora! Quarta-feira, dia 04/02 tá chegando!
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