quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Trabalhos de amor

Foi a mais ou menos onze anos atrás que Fernando Yamamoto, recém chegado da Inglaterra, me falou de uma peça que tinha assistido com a Royal Shakespeare Company. Essa peça se chamava “Love's Labour's Lost” ou “Trabalhos de Amor Perdidos” e desde então despertei interesse pela obra. Oito anos mais foram necessários para que minha curiosidade nutrisse incomodo suficiente a ponto de me obrigar a finalmente parar para ler a bendita comédia.

Sem dúvida as expectativas se confirmaram. Como diz Harold Bloom “Trabalhos de Amor Perdidos é um banquete da linguagem, um espetáculo pirotécnico em que Shakespeare parece buscar os limites de sua destreza verbal e descobre que estes não mais existem.”

É sabido que Bloom alimenta uma idolatria incondicional por Shakespeare e vez por outra é acometido de exagero, mas neste caso sou obrigado a concordar com ele.

Agora, com a leitura encenada que vamos levantar junto com a “Outra”, poderemos adquirir ainda mais intimidade com a história e seus personagens. Apenas a encenação (ainda que em forma de leitura) permite aflorar as nuances e coloridos engenhosamente arquitetados pelo autor, principalmente quando se fala de Shakespeare.

Nenhum comentário:

Postar um comentário