Nossa porta de entrada no projeto foi meio que marginal. Começamos à distancia, aqui mesmo em Natal, e sem a presença de Fernando. Nosso único meio de contato com os outros, ou melhor dizendo, com a “Outra”, resumia-se a esse blog e alguns breves relatos obtidos em rápidos telefonemas.
Começamos por ler a tradução de Beatriz Viégas, dividir a peça em movimentos e posteriormente dar nome a eles.
Essa prática de dividir a peça em movimentos, ao que me lembro, foi proposta pela primeira vez em nosso grupo pelo ator e diretor Eduardo Moreira, do grupo Galpão, quando juntamente com Fernando dirigiu o nosso espetáculo “Muito Barulho Por Quase Nada”. Trata-se de uma divisão sequencial minuciosa da dramaturgia em pequenos fragmentos. Dentro de cada cena, por vezes, chega a caber vários movimentos.
O que define o fim de um movimento e o começo do seguinte já foi motivo de discussão dentro do grupo, mas ainda assim não me sinto seguro o suficiente a ponto de conseguir escrever seu normativo. Diria que sempre que a música da narrativa oferece alguma mudança perceptível aos ouvidos tratamos de determinar uma quebra de movimento. Sempre que muda o assunto, ou ainda o elemento central que naquele momento move o conjunto de ações, tratamos de definir que o movimento mudou.
Ao final da extração de cada pequena fatia tratamos de dar um nome a ela. A tarefa de batismo nos rende boas risadas e da espaço para a criação de títulos dos mais sugestivos. Essa é uma forma eficiente de facilitar a compreensão e a memorização da seqüência de acontecimentos da história.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
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