terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

...mas permita só mais algumas palavrinhas...

Na verdade quero compartilhar sobre a minha investigação em "Armado", ou melhor "Don Adriano de Armado", um dos personagens do "Trabalhos de Amos Perdidos".

Num dos encontros com o Fernando, lá na semana retrasada ou re-retrasada... enfim, enquanto eu lia o Armado, ele me pediu par experimentar um sotaque espanhol. Naquele dai dei uma travadinha aqui outra ali, o sotaque quase não apereceu - na verdade usei a lógica do raciocínio e não deixei que a brincadeira se instalasse, tentei lembrar das regras da língua espanhola falada ao invés de deixar sair o que era o "meu" espanhol.

O fato é que ontem, optei por seguir o caminho do estrangeirado... já diz
Holofernes (um outro personagem da peça) num diálogo com Nataniel sobre Armado: "(...) Pensa arrogantemente, sua fala é dogmática, sua linguagem é elaborada, seu olhar ambicioso, seu andar majestoso, e o seu comportamento, de um modo geral, é fútil, ridículo, e presunçoso. É muito cheio de trejeitos, enfeitadíssimo, afetadíssimo, muitíssimo excêntrico; eu diria, mesmo, muito estrangeirado."

Armado que ao final da cena 2 do ato I, afirma sua nacionalidade espanhola, veio ontem cheio de sotaques e modos de falar europeus. Joguei o que vinha na minha cabeça. Fui no sentido contrário. Deixei as palavras me conduzirem e afirmarem o jogo entre eu e meus colegas sentados todos em volta de mesas. Saiu espanhol, italiano, português (de Portugal!), russo, portunhol, inglês... uma mistureba da zorra!

Sei que ao final, um janela foi aberta para o entendimento deste homem ilário e apaixonado. Agora é mergulhar e decsobrir mais.

Simbora!

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