Dia 06
Bem aqui estou eu na minha nobre missão de domingo: redatora, relatora, delatora, enquanto uns e outros procuram seus lugares entre entre as cadeiras do teatro para ver um espetáculo de palhaço ou babam no travesseiro (oh, inveja!), escrevem projetos, lutam contra Dalila, ou preparam a mamadeira das crianças (nem tanto). Enfim, divago.
O caso é que ontem, - sim, senhoras e senhoras: sábado! – após o almoço, com um calor de cão e o corpo pedindo cama, nos reunimos alegremente para mais um dia de trabalho. Por volta das duas e meia da tarde começamos a ver uma montagem de Trabalhos de Amor Perdidos produzidos pela BBC na década de 80.
Trata-se de uma produção um tanto quanto formal, mas ali está o texto de Shakespeare que começa a se tornar familiar, dormir conosco na cama, partilhar a mesa do café da manhã entre migalhas de pão e caroços de mamão. Sendo assim, cada um divertiu-se como pôde (ou não) em ver ali representados “seus” personagens, ou imaginando como representariam melhor, modéstia a parte, os personagens “de outrem”. (Outros ainda resistindo ferroneamente as investidas soníferas do calor da tarde – e aí está minha tarefa de delatora, mesmo que seja de mim mesma, ó nobre tarefa!)
Depois pausa e comer, de novo, oba!
A segunda sessão deu-se no cabaré com o luxo de uma tela plana e caixas de som, cafés e água com gás, a fluência de um musical e final hollyoodiano. Era a produção do Kenneth Brannagh, de 2000. A coisa toda estava indo muito bem, divertente e tal, umas soluçõezinhas aqui e ali, um belo Dom Adriano e uma belíssima Jaqueneta, alias com um elenco todo mais agradável aos olhos, (excluindo-se Marcade e Meio Quilo), mas devo confessar que o final passou um tanto quanto dos limites do aceitável. Aos nossos olhos perverteu o texto, banalizou-o ou, perdeu-se a discussão mais instigante da obra ou, como se diz vulgarmente por ai: cagou na saída. Mas valeu. Claro, é sempre bom ver o que fizeram antes e como o nosso diretor é muito sério e profissional assim não poderia deixar de ser.
Encerramos as atividades por volta das 7 horas da noite.
E amanhã tem mais!
Rita Carelli
quinta-feira, 12 de março de 2009
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