Dia 06
Bem aqui estou eu na minha nobre missão de domingo: redatora, relatora, delatora, enquanto uns e outros procuram seus lugares entre entre as cadeiras do teatro para ver um espetáculo de palhaço ou babam no travesseiro (oh, inveja!), escrevem projetos, lutam contra Dalila, ou preparam a mamadeira das crianças (nem tanto). Enfim, divago.
O caso é que ontem, - sim, senhoras e senhoras: sábado! – após o almoço, com um calor de cão e o corpo pedindo cama, nos reunimos alegremente para mais um dia de trabalho. Por volta das duas e meia da tarde começamos a ver uma montagem de Trabalhos de Amor Perdidos produzidos pela BBC na década de 80.
Trata-se de uma produção um tanto quanto formal, mas ali está o texto de Shakespeare que começa a se tornar familiar, dormir conosco na cama, partilhar a mesa do café da manhã entre migalhas de pão e caroços de mamão. Sendo assim, cada um divertiu-se como pôde (ou não) em ver ali representados “seus” personagens, ou imaginando como representariam melhor, modéstia a parte, os personagens “de outrem”. (Outros ainda resistindo ferroneamente as investidas soníferas do calor da tarde – e aí está minha tarefa de delatora, mesmo que seja de mim mesma, ó nobre tarefa!)
Depois pausa e comer, de novo, oba!
A segunda sessão deu-se no cabaré com o luxo de uma tela plana e caixas de som, cafés e água com gás, a fluência de um musical e final hollyoodiano. Era a produção do Kenneth Brannagh, de 2000. A coisa toda estava indo muito bem, divertente e tal, umas soluçõezinhas aqui e ali, um belo Dom Adriano e uma belíssima Jaqueneta, alias com um elenco todo mais agradável aos olhos, (excluindo-se Marcade e Meio Quilo), mas devo confessar que o final passou um tanto quanto dos limites do aceitável. Aos nossos olhos perverteu o texto, banalizou-o ou, perdeu-se a discussão mais instigante da obra ou, como se diz vulgarmente por ai: cagou na saída. Mas valeu. Claro, é sempre bom ver o que fizeram antes e como o nosso diretor é muito sério e profissional assim não poderia deixar de ser.
Encerramos as atividades por volta das 7 horas da noite.
E amanhã tem mais!
Rita Carelli
quinta-feira, 12 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
Ensaio dia 06 de março
Ensaio conexão Shakespeare 6 de março de 2009
O ensaio foi iniciado um pouco mais das 19h na sala de ensaio 2 do TVV com Marcos dirigindo o aquecimento vocal. O aquecimento é composto por uma seqüência de exercícios que estamos fazendo desde a terça feira (dia 3 de março): alongamento dos músculos do pescoço e depois uma seqüência de solfejos vibrando a língua e os lábios - geralmente os solfejos são acompanhados pelo violão, mas agora foram conduzidos pelo piano. Antes do início do ensaio Marco e eu conversamos um pouco no cabaré sobre candomblé e nos corredores de idas e vindas para as salas de ensaio encontramos com Marcelo Jardim - cantor que há algum tempo faz a preparação vocal dos grupos e artistas do Vila Velha – que acabou comentar um pouco sobre a rotina de trabalho vocal realizado no TVV. A outra Comapanhia não é um grupo disciplinado para as questões de preparação corporal e vocal até o momento e logo que iniciado o ensaio Marco, baseado nos comentário de Marcelo, ressaltou a necessidade de se manter uma disciplina para a preparação vocal.
Aprendemos duas músicas que serão usadas na leitura: a primeira, não sei o nome, nem de onde é oriunda; a segunda, Pagode Russo
Ontem eu sonhei
que estava em moscou
dançando pagode russo
na boate Kossaco
Parece até um frevo
naquele cai, não cai
Parece até um frevo
naquele vai, não vai
Vem cá coçar
Kossaco dança agora
Na dança do Kossaco
Não deixar saco de fora
É um negócio divertido aprender música para o espetáculo. Essa música será usada na cena em que os nobres disfarçados de galantes russos chegam até a casa do campo onde está hospedada a princesa e sua corte.
Em seguida subimos para a sala João Augusto, nesse dia estávamos com sorte e vivendo dia de rei dentro do TVV, pois tínhamos as duas salas de ensaio disponíveis - o TVV abriga seis grupos artísticos e cinco deles ensaiam a noite - por vezes temos que negociar a utilização das salas mesmo elas estando previamente agendadas.
O ensaio teve a interrupção de aproximadamente 20min porque tive que sair para confirmar a atividade do dia seguinte, assistir dois filmes de versões diferentes do Trabalhos de Amor Perdidos. Tinha que ter agendado com o Estúdio do Vila e não o fiz.
Com o ensaio reiniciado, Yamamoto fez a primeira divisão definitiva de personagens:
Buranga - Lerdo e Dumaine
Cesar - Cabeção
Camille - Meio Quilo e Marie
Eddy - Jaqueneta e Caterine
Luiz - Armado e Longaville
Manuela - Holofernes
Marco - Biron
Renata - Princesa
Rita - Meio Quilo e Rosaline
Roquildes Jr. - Rei
Vinicio - Boyet
Começamos a leitura corrida com os personagens definidos e cronometramos o tempo. Não conseguimos terminar a leitura do texto todo, mas até onde lemos, pagina 180, levamos 1h30min, o que nos permitiu a previsão da leitura completa levar por volta de 2h.
Vinicio de Oliveira Oliveira
O ensaio foi iniciado um pouco mais das 19h na sala de ensaio 2 do TVV com Marcos dirigindo o aquecimento vocal. O aquecimento é composto por uma seqüência de exercícios que estamos fazendo desde a terça feira (dia 3 de março): alongamento dos músculos do pescoço e depois uma seqüência de solfejos vibrando a língua e os lábios - geralmente os solfejos são acompanhados pelo violão, mas agora foram conduzidos pelo piano. Antes do início do ensaio Marco e eu conversamos um pouco no cabaré sobre candomblé e nos corredores de idas e vindas para as salas de ensaio encontramos com Marcelo Jardim - cantor que há algum tempo faz a preparação vocal dos grupos e artistas do Vila Velha – que acabou comentar um pouco sobre a rotina de trabalho vocal realizado no TVV. A outra Comapanhia não é um grupo disciplinado para as questões de preparação corporal e vocal até o momento e logo que iniciado o ensaio Marco, baseado nos comentário de Marcelo, ressaltou a necessidade de se manter uma disciplina para a preparação vocal.
Aprendemos duas músicas que serão usadas na leitura: a primeira, não sei o nome, nem de onde é oriunda; a segunda, Pagode Russo
Ontem eu sonhei
que estava em moscou
dançando pagode russo
na boate Kossaco
Parece até um frevo
naquele cai, não cai
Parece até um frevo
naquele vai, não vai
Vem cá coçar
Kossaco dança agora
Na dança do Kossaco
Não deixar saco de fora
É um negócio divertido aprender música para o espetáculo. Essa música será usada na cena em que os nobres disfarçados de galantes russos chegam até a casa do campo onde está hospedada a princesa e sua corte.
Em seguida subimos para a sala João Augusto, nesse dia estávamos com sorte e vivendo dia de rei dentro do TVV, pois tínhamos as duas salas de ensaio disponíveis - o TVV abriga seis grupos artísticos e cinco deles ensaiam a noite - por vezes temos que negociar a utilização das salas mesmo elas estando previamente agendadas.
O ensaio teve a interrupção de aproximadamente 20min porque tive que sair para confirmar a atividade do dia seguinte, assistir dois filmes de versões diferentes do Trabalhos de Amor Perdidos. Tinha que ter agendado com o Estúdio do Vila e não o fiz.
Com o ensaio reiniciado, Yamamoto fez a primeira divisão definitiva de personagens:
Buranga - Lerdo e Dumaine
Cesar - Cabeção
Camille - Meio Quilo e Marie
Eddy - Jaqueneta e Caterine
Luiz - Armado e Longaville
Manuela - Holofernes
Marco - Biron
Renata - Princesa
Rita - Meio Quilo e Rosaline
Roquildes Jr. - Rei
Vinicio - Boyet
Começamos a leitura corrida com os personagens definidos e cronometramos o tempo. Não conseguimos terminar a leitura do texto todo, mas até onde lemos, pagina 180, levamos 1h30min, o que nos permitiu a previsão da leitura completa levar por volta de 2h.
Vinicio de Oliveira Oliveira
domingo, 8 de março de 2009
Relatório do quarto dia de trabalho.
Salvador, 05 de março de 2009
Como foi combinado no dia anterior, começaríamos as atividades um pouco mais cedo, às 18hs, devido à pausa que iríamos fazer por causa da peça Seu Bonfim de Fábio Vidal, conseqüentemente dividindo a noite em duas etapas. Bem diferente dos outros dias, no qual tínhamos alguns minutos para alongar e aquecer o corpo, hoje, fomos direto ao ponto, iniciamos com uma rápida passagem das músicas, já com todos familiarizados não só com a melodia, mais com os ajustes que Marco citou anteriormente, sentir mais energia e fluidez na canção, logo depois, demos continuidade no texto e mais uma vez Fernando durante a leitura realizou a troca de personagens entre os atores.
Leitura vai, leitura vem, paramos para entender o sumiço de Ritinha, já que ela estava entre nós no inicio, Marcade, que dizer, Jefferson avisou para o grupo que seu grande amor estava de partida, então nós sensibilizados através da leitura que fala do amor e outras cositas mais, respeitamos, isso, respeitamos a sua fuga e acabou a história.
Concluído o caso, demos continuidade na leitura e nos cortes (hoje, um pouco mais demorado, menos dinâmico, ou melhoríssimo ainda, sem a Ritinha!).
Entre várias idéias que já surgiram e que provavelmente deverão surgir ao longo dos ensaios, a de hoje, foi formidável, partindo de Marco (uma pessoa altamente criativa!), foi inserido no final dos textos (dos personagens masculinos, com exceção de Boyet ou Boió) do Ato 5, cena 2, a terminação “visk” (associando aos russos), após essa descoberta, o grupo foi tomado por alguns minutos de um estado emocional de excitação plena, eu entusiasmada com a situação, não conseguir conter a imagem que veio na minha cabeça, e disse que o modo deles falar, parecia com “Seu Creisson”. Quase uns apóstolos!
Pausa para “SEU BONFIM”
Ao retornar, concluímos a leitura e a adaptação de todo o texto com novos cortes, Fernando ficou de trazer amanhã (06/03), a distribuição definitiva dos personagens e citou que iríamos fazer um “corridão”, para perceber o ritmo do grupo com relação à leitura e por fim discutimos quem poderia digitar o novo texto.
Manuela Santiago.
Como foi combinado no dia anterior, começaríamos as atividades um pouco mais cedo, às 18hs, devido à pausa que iríamos fazer por causa da peça Seu Bonfim de Fábio Vidal, conseqüentemente dividindo a noite em duas etapas. Bem diferente dos outros dias, no qual tínhamos alguns minutos para alongar e aquecer o corpo, hoje, fomos direto ao ponto, iniciamos com uma rápida passagem das músicas, já com todos familiarizados não só com a melodia, mais com os ajustes que Marco citou anteriormente, sentir mais energia e fluidez na canção, logo depois, demos continuidade no texto e mais uma vez Fernando durante a leitura realizou a troca de personagens entre os atores.
Leitura vai, leitura vem, paramos para entender o sumiço de Ritinha, já que ela estava entre nós no inicio, Marcade, que dizer, Jefferson avisou para o grupo que seu grande amor estava de partida, então nós sensibilizados através da leitura que fala do amor e outras cositas mais, respeitamos, isso, respeitamos a sua fuga e acabou a história.
Concluído o caso, demos continuidade na leitura e nos cortes (hoje, um pouco mais demorado, menos dinâmico, ou melhoríssimo ainda, sem a Ritinha!).
Entre várias idéias que já surgiram e que provavelmente deverão surgir ao longo dos ensaios, a de hoje, foi formidável, partindo de Marco (uma pessoa altamente criativa!), foi inserido no final dos textos (dos personagens masculinos, com exceção de Boyet ou Boió) do Ato 5, cena 2, a terminação “visk” (associando aos russos), após essa descoberta, o grupo foi tomado por alguns minutos de um estado emocional de excitação plena, eu entusiasmada com a situação, não conseguir conter a imagem que veio na minha cabeça, e disse que o modo deles falar, parecia com “Seu Creisson”. Quase uns apóstolos!
Pausa para “SEU BONFIM”
Ao retornar, concluímos a leitura e a adaptação de todo o texto com novos cortes, Fernando ficou de trazer amanhã (06/03), a distribuição definitiva dos personagens e citou que iríamos fazer um “corridão”, para perceber o ritmo do grupo com relação à leitura e por fim discutimos quem poderia digitar o novo texto.
Manuela Santiago.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Relato do terceiro dia de trabalho
Relato das atividades do terceiro dia de trabalho.
Salvador, 04 de março de 2009.
Hoje, antes das 19h, já estavam presentes na sala de trabalho quase todos, onde naturalmente cada um foi se organizando: Marco tocando no piano, outros revendo os textos, outros alongando, outros apenas deitados deixando o mundo lá fora e entrando em conexão com o trabalho. Quando Fernando (condutor dos trabalhos) chegou, pediu a Marco que iniciasse os trabalhos através dos exercícios que alongam os músculos no aparelho fonador, mostrando que podemos alongar o corpo e ao mesmo tempo trabalhar os ressonadores de forma suave para ir acordando a voz. Eddy, foi trabalhando no limite do seu corpo, pois ainda apresentava dores musculares devido ao incidente do primeiro dia. Durante a condução destes exercícios, Jeferson chegou (atrasado), e para não ficar pra trás, Fernando foi adiantando com ele os exercícios que Marco já tinha feito. Desta vez no vocalize o tom subiu a cada meio ciclo e para finalizar esta etapa cantamos o Mané Pipoca.
Marco nos apresentou a proposta de música para a canção Primavera/Inverno(páginas 230 a 232). A idéia é que a parte da primavera seja cantada pelos homens e o inverno pelas mulheres com intervenções de ambas as partes. Dividida em solos e coros, a música foi ganhando vida nas vozes dos atores que aos poucos foram brincando com o jogo proposto no refrão. Em alguns momentos Marco parava para ajustar algumas vozes que destoavam do conjunto. Acho que a música pegou, pois ela não sai da minha cabeça.
Em seguida partimos para o trabalho com o texto, sentados no chão mesmo, pois hoje as cadeiras não estavam disponíveis. Fernando apresentou a proposta de corte de texto para a cena da encenação (pág 202 a 218). Dando continuidade a leitura que foi do Ato 2 , cena1 (pág 43) até o Ato 4, cena 2(pág 111), Fernando experimentou ouvir alguns personagens através de vários atores, a cada cena ele solicitava a mudança de papéis. A partir de uma sugestão de Rita e outra de Fernando, Marco ficou de apresentar uma proposta de corte para o texto de Biron das páginas 80 e 81. Surgiu uma proposição para que a leitura das cartas de amor sejam feitas por quem as escreveu.
Conforme foi combinado no final da noite, amanhã excepcionalmente iniciaremos as atividades as 18h, dando uma parada para assistir ao espetáculo Seu Bonfim(20h) e retornando logo em seguida com o foco em finalizar a leitura do texto com seus respectivos cortes.
Renata Kaiser.
PS: Fernando apresentou um esboço da disposição dos atores , platéia e cenografia para a leitura.
Salvador, 04 de março de 2009.
Hoje, antes das 19h, já estavam presentes na sala de trabalho quase todos, onde naturalmente cada um foi se organizando: Marco tocando no piano, outros revendo os textos, outros alongando, outros apenas deitados deixando o mundo lá fora e entrando em conexão com o trabalho. Quando Fernando (condutor dos trabalhos) chegou, pediu a Marco que iniciasse os trabalhos através dos exercícios que alongam os músculos no aparelho fonador, mostrando que podemos alongar o corpo e ao mesmo tempo trabalhar os ressonadores de forma suave para ir acordando a voz. Eddy, foi trabalhando no limite do seu corpo, pois ainda apresentava dores musculares devido ao incidente do primeiro dia. Durante a condução destes exercícios, Jeferson chegou (atrasado), e para não ficar pra trás, Fernando foi adiantando com ele os exercícios que Marco já tinha feito. Desta vez no vocalize o tom subiu a cada meio ciclo e para finalizar esta etapa cantamos o Mané Pipoca.
Marco nos apresentou a proposta de música para a canção Primavera/Inverno(páginas 230 a 232). A idéia é que a parte da primavera seja cantada pelos homens e o inverno pelas mulheres com intervenções de ambas as partes. Dividida em solos e coros, a música foi ganhando vida nas vozes dos atores que aos poucos foram brincando com o jogo proposto no refrão. Em alguns momentos Marco parava para ajustar algumas vozes que destoavam do conjunto. Acho que a música pegou, pois ela não sai da minha cabeça.
Em seguida partimos para o trabalho com o texto, sentados no chão mesmo, pois hoje as cadeiras não estavam disponíveis. Fernando apresentou a proposta de corte de texto para a cena da encenação (pág 202 a 218). Dando continuidade a leitura que foi do Ato 2 , cena1 (pág 43) até o Ato 4, cena 2(pág 111), Fernando experimentou ouvir alguns personagens através de vários atores, a cada cena ele solicitava a mudança de papéis. A partir de uma sugestão de Rita e outra de Fernando, Marco ficou de apresentar uma proposta de corte para o texto de Biron das páginas 80 e 81. Surgiu uma proposição para que a leitura das cartas de amor sejam feitas por quem as escreveu.
Conforme foi combinado no final da noite, amanhã excepcionalmente iniciaremos as atividades as 18h, dando uma parada para assistir ao espetáculo Seu Bonfim(20h) e retornando logo em seguida com o foco em finalizar a leitura do texto com seus respectivos cortes.
Renata Kaiser.
PS: Fernando apresentou um esboço da disposição dos atores , platéia e cenografia para a leitura.
Trabalhos nada perdidos
A ausência de posts, ao menos da minha parte, se deu pelo rojão que tá aqui em Salvador. Oficina à tarde, ensaios à noite, e o resto da vida - pessoal e do grupo - para se resolver pelas manhãs. Hoje a minha oficina se encerra, e passo o bastão para o Marco, que assume a jornada dupla do Conexão na próxima semana.
Apesar do cansaço que já começa a bater na porta (já!!!????) e da preocupação com o tempo (que parecia infinito antes de chegarmos aqui, e agora que já estamos prestes a terminar o primeiro terço deste intensivão, mostra-se cada vez mais curto!), estamos vivendo dias bem felizes em Salvador.
A oficina tem rendido muito bem, com uma turma muito disposta e disciplinada. Além de alguns exercícios e dinâmicas que fazem parte do treinamento dos Clowns, também estamos explorando algumas possibilidades de criação cênica, a partir de fragmentos de três textos: Dias Felizes, do Beckett, Jardim das Cerejeiras, do Tchecov, e o próprio Trabalhos de Amor Perdidos, menina dos olhos desse projeto. A diversidade da turma, e a distância entre os textos escolhidos têm trazido excelentes surpresas para o trabalho. Para cada um dos grupos, venho apontando caminhos diferentes de exploração do que a dramaturgia propõe. Pro grupo beckettiano, o desafio tem sido encontrar uma forma de lidar com a fragmentação e não-linearidade do texto (e a recorrente tentativa de "naturalização" do texto por parte do grupo); no grupo tchecoviano, como radicalizar na fidelidade à proposta do autor, redobrando atenção às indicações de cena, rubricas e contexto que a obra está inserida; e, no shakespeariano, estamos explorando noções de ritmo, andamento e fluidez do jogo textual. Hoje, por fim, jogaremos tudo isso pro alto, e os encenadores de cada grupo terão a oportunidade de experenciar um processo autocrático, no qual sua criação sobrepujará aos outros elementos da cena: texto, atores, etc. Por fim, espero que possamos fazer uma boa avaliação para pontuar questões da cena contemporânea, em especial dos processos criativos que vêm acontecendo nos nossos grupos pelo país.
Em pleno trabalho
Angel "Varia" em ação, pelo grupo tchecoviano
Já às noites, os trabalhos com Clowns/Outra começaram nem um pouco perdidos. A semana rendeu muito até agora, apesar de algumas etapas do trabalho, necessariamente, tomarem muito tempo. Até ontem, conseguimos discutir e definir os cortes, trabalhar a música de encerramento e, principalmente, colocar o elenco para trabalhar juntos. Equipe pronta!
Como pode ser visto abaixo, teremos todos os dias um protocolo oficial, um relato escrito por um, mas endossado pelos demais, como registro oficial do dia. Após feito o protocolo, modificado e aprovado pelos demais, esses protocolos serão postados no blog, como os dois primeiros dias já foram.
Dias felizes em Salvador!
Melhor nem tentar entender...
Apesar do cansaço que já começa a bater na porta (já!!!????) e da preocupação com o tempo (que parecia infinito antes de chegarmos aqui, e agora que já estamos prestes a terminar o primeiro terço deste intensivão, mostra-se cada vez mais curto!), estamos vivendo dias bem felizes em Salvador.
A oficina tem rendido muito bem, com uma turma muito disposta e disciplinada. Além de alguns exercícios e dinâmicas que fazem parte do treinamento dos Clowns, também estamos explorando algumas possibilidades de criação cênica, a partir de fragmentos de três textos: Dias Felizes, do Beckett, Jardim das Cerejeiras, do Tchecov, e o próprio Trabalhos de Amor Perdidos, menina dos olhos desse projeto. A diversidade da turma, e a distância entre os textos escolhidos têm trazido excelentes surpresas para o trabalho. Para cada um dos grupos, venho apontando caminhos diferentes de exploração do que a dramaturgia propõe. Pro grupo beckettiano, o desafio tem sido encontrar uma forma de lidar com a fragmentação e não-linearidade do texto (e a recorrente tentativa de "naturalização" do texto por parte do grupo); no grupo tchecoviano, como radicalizar na fidelidade à proposta do autor, redobrando atenção às indicações de cena, rubricas e contexto que a obra está inserida; e, no shakespeariano, estamos explorando noções de ritmo, andamento e fluidez do jogo textual. Hoje, por fim, jogaremos tudo isso pro alto, e os encenadores de cada grupo terão a oportunidade de experenciar um processo autocrático, no qual sua criação sobrepujará aos outros elementos da cena: texto, atores, etc. Por fim, espero que possamos fazer uma boa avaliação para pontuar questões da cena contemporânea, em especial dos processos criativos que vêm acontecendo nos nossos grupos pelo país.
Já às noites, os trabalhos com Clowns/Outra começaram nem um pouco perdidos. A semana rendeu muito até agora, apesar de algumas etapas do trabalho, necessariamente, tomarem muito tempo. Até ontem, conseguimos discutir e definir os cortes, trabalhar a música de encerramento e, principalmente, colocar o elenco para trabalhar juntos. Equipe pronta!
Como pode ser visto abaixo, teremos todos os dias um protocolo oficial, um relato escrito por um, mas endossado pelos demais, como registro oficial do dia. Após feito o protocolo, modificado e aprovado pelos demais, esses protocolos serão postados no blog, como os dois primeiros dias já foram.
Dias felizes em Salvador!
Relato dia 02
Salvador, 03 de março de 2009.
Relato do segundo dia de trabalho com a “Outra Cia de Teatro” e o Grupo “Clowns de Shakespeare” no teatro Vila Velha.
No segundo dia de trabalho começamos mais uma vez com um breve alongamento individual. Depois de um alguns instantes Fernando assume e faz um alongamento mais focado para a estrutura vocal, trabalhando principalmente os músculos do pescoço. Na seqüência Marco França trabalha alguns ressonadores: “Rrrrrrrr” (língua solta e vibrando com a saída do ar) “Bruuuuu”, Zzzzzzz, e por fim, “hummm” ou “raming” (solta pelo nariz, de boca fechada, até provocar o ressonador nasal). A cada ciclo, marco que conduzia no violão, subia a escala em meio tom. Todos faziam a dinâmica no tempo proposto pela música e buscando o mesmo timbre.
Após os ressonadores Marco puxou a música “Mané Pipoca”. Essa canção é bem interessante pois consiste em ordenar todas as sílabas do nome “Mané Pipoca”, primeiro na seqüência da escrita e posteriormente de traz para a frente:
Eme, a, ma,
Ene, é, ne,
Pê, i, Pi, Mane Pi,
Pê, o, pó, Mane Pipo,
Cê, a Cá, Mane Pipoca.
Ca, a Ca,
Pê, o, pó, capo,
Pê, i, Pi, Capopi,
Ne, é, ne, Capopi Ne,
Me, a, má, Capopi Nema.
Pode parecer uma canção simples, mas acaba por obrigar a todos a pensarem enquanto cantam, ativando corpo e cérebro. A música acaba por suscitar uma busca pelo acerto que remete a uma total prontidão, comprometendo corpo e mente. É simples, mas eficiente, principalmente para os que ainda não memorizaram a letra.
Depois Marco conduz outra música dentro da mesma proposta. Primeiro faz que a turma aprenda uma melodia a partir da seguinte letra:
Quando eu digo sim, você diz não,
Sim, sim, sim
(e a turma responde)
Não, não, não.
Quando eu digo sol, você responde lua,
Sol, sol, sol.
(e a turma responde)
Lua, lua, lua.
Depois vai acrescentando vários contrários: quente e frio, bota e tira, duro e mole... E a turma sempre respondendo o contrário. Até que em certo momento começa a misturar palavras e a turma, ainda assim, precisa manter-se firme na respostas dos contrários.
Sol, sim, frio.
(e a turma responde)
Lua, não, quente.
A dinâmica acaba por gerar muitas confusões, descontraindo a turma, mas sem desobrigar-se do raciocínio e da prontidão.
Depois da rodada coletiva um a um é chamado à sabatina individual, tendo que expor sua capacidade de raciocínio ao tempo da música.
Encerrado o momento musical Fernando pergunta ao pessoal da “Outra” se eles têm o hábito de trabalhar algum exercício para aquecer e energizar a turma, algo equivalente ao “vilão” (atividade que trabalhamos ontem). Após alguns segundos de indecisão Vinício propõe o “Caboré”. Segundo o proponente da brincadeira trata-se uma dança indígena, e pelas caras dos colegas da “Outra” percebemos que não foi uma idéia muito bem aceita. Logo saberíamos por quê.
A dança começa com todos em formação circular, trocando as pernas como tesoura, primeiro à direita perpassa a perna esquerda e depois ao contrário. A inversão é sempre acompanhada de um pequeno salto e os braços ficam sempre erguidos na altura do ombro e dobrados para frente na altura do cotovelo em 90°.
Enquanto se executa a dança se canta uma música qualquer, no caso Vinício sugeriu a música que trabalhamos ontem porque se sabia que era do domínio de todos.
Vento que venta não venta,
Mar que urra não urra,
Atrás de mim não vem gente, oh meu deus,
Quem é que tanto me empurra.*
Seguindo orientações de Vinício, vocalizamos apenas umas duas vezes, depois disso passamos apenas a ressonar a melodia. A dificuldade estava em manter a musica apenas ressonando junto com um movimento extremamente exaustivos. A música deixava pouquíssimo tempo para a respiração enquanto o corpo, em total atividade, pedia um farto e constante fluxo de ar.
Depois seguimos em fila indiana, mantendo o mesmo movimento e música. Em fila indiana alternamos as pernas enquanto passávamos sobre um cabo de vassoura colocado no chão. Por último, novamente em formação circular, uns desafiavam os outros ao centro da roda, de dois em dois. Ainda sobre orientação de Vinício, quando eram dois homens o espírito no centro da roda era de rivalidade, Quando era homem e mulher e clima era de cortejo.
Fernando então reassume a turma e pede para que apresentemos os Workshops que cada grupo preparou antes desse primeiro com os integrantes dos dois coletivos. Começamos pela “Outra” que apresentou a primeira cena do primeiro ato. Eles mostraram boa afinação e desenvoltura. Foi perceptível que eles ensaiaram e fizeram a tarefa de casa direitinho.
Depois fomos nós. Abrimos com a música que marco propôs: “Princesa”, de Amado Batista. A leitura até que foi boa, mas acho que jogamos pouco entre nós. Fica sempre aquele sentimento de que poderia ter sido melhor.
Como ultima atividade do dia (ou da noite), fizemos nossa primeira leitura com os dois grupos juntos. Lemos a primeira e segunda cena do primeiro ato. O grande destaque fica para Dom Armado, na leitura de Luiz, e para Meio-quilo, na leitura simultânea de Rita e Camille. Seguindo orientações de Fernando Armado ficou com um leve sotaque castelhano canastrão, e Meio-quilo parecendo uma dupla siamesa digna dos melhores (ou piores) freakshow.
* Canção que foi passada ao Grupo Clowns por Lindolfo Amaral, do Grupo Imbuaça (SE), a partir de sua pesquisa de canções do folclore sergipano.
Relato do segundo dia de trabalho com a “Outra Cia de Teatro” e o Grupo “Clowns de Shakespeare” no teatro Vila Velha.
No segundo dia de trabalho começamos mais uma vez com um breve alongamento individual. Depois de um alguns instantes Fernando assume e faz um alongamento mais focado para a estrutura vocal, trabalhando principalmente os músculos do pescoço. Na seqüência Marco França trabalha alguns ressonadores: “Rrrrrrrr” (língua solta e vibrando com a saída do ar) “Bruuuuu”, Zzzzzzz, e por fim, “hummm” ou “raming” (solta pelo nariz, de boca fechada, até provocar o ressonador nasal). A cada ciclo, marco que conduzia no violão, subia a escala em meio tom. Todos faziam a dinâmica no tempo proposto pela música e buscando o mesmo timbre.
Após os ressonadores Marco puxou a música “Mané Pipoca”. Essa canção é bem interessante pois consiste em ordenar todas as sílabas do nome “Mané Pipoca”, primeiro na seqüência da escrita e posteriormente de traz para a frente:
Eme, a, ma,
Ene, é, ne,
Pê, i, Pi, Mane Pi,
Pê, o, pó, Mane Pipo,
Cê, a Cá, Mane Pipoca.
Ca, a Ca,
Pê, o, pó, capo,
Pê, i, Pi, Capopi,
Ne, é, ne, Capopi Ne,
Me, a, má, Capopi Nema.
Pode parecer uma canção simples, mas acaba por obrigar a todos a pensarem enquanto cantam, ativando corpo e cérebro. A música acaba por suscitar uma busca pelo acerto que remete a uma total prontidão, comprometendo corpo e mente. É simples, mas eficiente, principalmente para os que ainda não memorizaram a letra.
Depois Marco conduz outra música dentro da mesma proposta. Primeiro faz que a turma aprenda uma melodia a partir da seguinte letra:
Quando eu digo sim, você diz não,
Sim, sim, sim
(e a turma responde)
Não, não, não.
Quando eu digo sol, você responde lua,
Sol, sol, sol.
(e a turma responde)
Lua, lua, lua.
Depois vai acrescentando vários contrários: quente e frio, bota e tira, duro e mole... E a turma sempre respondendo o contrário. Até que em certo momento começa a misturar palavras e a turma, ainda assim, precisa manter-se firme na respostas dos contrários.
Sol, sim, frio.
(e a turma responde)
Lua, não, quente.
A dinâmica acaba por gerar muitas confusões, descontraindo a turma, mas sem desobrigar-se do raciocínio e da prontidão.
Depois da rodada coletiva um a um é chamado à sabatina individual, tendo que expor sua capacidade de raciocínio ao tempo da música.
Encerrado o momento musical Fernando pergunta ao pessoal da “Outra” se eles têm o hábito de trabalhar algum exercício para aquecer e energizar a turma, algo equivalente ao “vilão” (atividade que trabalhamos ontem). Após alguns segundos de indecisão Vinício propõe o “Caboré”. Segundo o proponente da brincadeira trata-se uma dança indígena, e pelas caras dos colegas da “Outra” percebemos que não foi uma idéia muito bem aceita. Logo saberíamos por quê.
A dança começa com todos em formação circular, trocando as pernas como tesoura, primeiro à direita perpassa a perna esquerda e depois ao contrário. A inversão é sempre acompanhada de um pequeno salto e os braços ficam sempre erguidos na altura do ombro e dobrados para frente na altura do cotovelo em 90°.
Enquanto se executa a dança se canta uma música qualquer, no caso Vinício sugeriu a música que trabalhamos ontem porque se sabia que era do domínio de todos.
Vento que venta não venta,
Mar que urra não urra,
Atrás de mim não vem gente, oh meu deus,
Quem é que tanto me empurra.*
Seguindo orientações de Vinício, vocalizamos apenas umas duas vezes, depois disso passamos apenas a ressonar a melodia. A dificuldade estava em manter a musica apenas ressonando junto com um movimento extremamente exaustivos. A música deixava pouquíssimo tempo para a respiração enquanto o corpo, em total atividade, pedia um farto e constante fluxo de ar.
Depois seguimos em fila indiana, mantendo o mesmo movimento e música. Em fila indiana alternamos as pernas enquanto passávamos sobre um cabo de vassoura colocado no chão. Por último, novamente em formação circular, uns desafiavam os outros ao centro da roda, de dois em dois. Ainda sobre orientação de Vinício, quando eram dois homens o espírito no centro da roda era de rivalidade, Quando era homem e mulher e clima era de cortejo.
Fernando então reassume a turma e pede para que apresentemos os Workshops que cada grupo preparou antes desse primeiro com os integrantes dos dois coletivos. Começamos pela “Outra” que apresentou a primeira cena do primeiro ato. Eles mostraram boa afinação e desenvoltura. Foi perceptível que eles ensaiaram e fizeram a tarefa de casa direitinho.
Depois fomos nós. Abrimos com a música que marco propôs: “Princesa”, de Amado Batista. A leitura até que foi boa, mas acho que jogamos pouco entre nós. Fica sempre aquele sentimento de que poderia ter sido melhor.
Como ultima atividade do dia (ou da noite), fizemos nossa primeira leitura com os dois grupos juntos. Lemos a primeira e segunda cena do primeiro ato. O grande destaque fica para Dom Armado, na leitura de Luiz, e para Meio-quilo, na leitura simultânea de Rita e Camille. Seguindo orientações de Fernando Armado ficou com um leve sotaque castelhano canastrão, e Meio-quilo parecendo uma dupla siamesa digna dos melhores (ou piores) freakshow.
* Canção que foi passada ao Grupo Clowns por Lindolfo Amaral, do Grupo Imbuaça (SE), a partir de sua pesquisa de canções do folclore sergipano.
quinta-feira, 5 de março de 2009
02/03/2009
Relatório dia 01
Os trabalhos começaram por volta das 19 horas. Inicialmente fizemos um levantamento sobre as atividades realizadas até o momento. Os Clowns relataram como foram as atividades antes do retorno de Fernando (leitura da tradução da Beatriz) e depois da volta dele com as leituras do texto da Aimara, as divisões de movimentos e as indicações de workshops ensaiados no momento posterior e a ser apresentado na atual etapa do trabalho.
Em seguida A Outra relatou as atividades: também a leitura da tradução da Beatriz antes da chegada de Fernando em Salvador, e depois da chegada dele em janeiro a releitura desse texto, leitura da tradução da Aimara, divisões de movimentos, workshops individuais, em dupla e em grupo e indicação de um workshop em grupo para ser apresentado no atual momento com o retorno das atividades. Além disso, foi relatada a realização das tarefas deixadas por Fernando: em algumas reuniões semanais A Outra estudou o texto tendo com foco atingir o binômio ritmo X entendimento e se preparou para o workshop.
Após um rápido alongamento os trabalhos foram de fato iniciados. Através de uma movimentação pelo espaço foi-se seguindo os comandos dados por Yamamoto, começou a acontecer à integração entre os atores a partir da movimentação, da pausas e de uma série de indicações para se fazer uma fila indiana, libanesa, etc. Em seguida, ele sugeriu que aos poucos o grupo fosse se dividindo em grupos menores seguindo indicações de gênero, cor, estrutura física e a partir dessas divisões era pedido que os grupos fizessem retratos de situações relacionadas ao grupo.
Depois dessa dinâmica, nos reunimos em círculo no centro da sala, nos apresentamos mais uma vez, com isso reforçou-se a integração entre A Outra e os Clowns para brincarmos de Vilão. Na brincadeira ficamos desfalcados. Eddy se machucou e Vinício e Manuela o levaram para o hospital.
Passado o susto, voltamos ao trabalho. Nos debruçamos sobre o texto para que Fernando indicasse as propostas de corte. Em seguida, Marco iniciou um trabalho de música e assim terminou o primeiro dia de atividades.
Os trabalhos começaram por volta das 19 horas. Inicialmente fizemos um levantamento sobre as atividades realizadas até o momento. Os Clowns relataram como foram as atividades antes do retorno de Fernando (leitura da tradução da Beatriz) e depois da volta dele com as leituras do texto da Aimara, as divisões de movimentos e as indicações de workshops ensaiados no momento posterior e a ser apresentado na atual etapa do trabalho.
Em seguida A Outra relatou as atividades: também a leitura da tradução da Beatriz antes da chegada de Fernando em Salvador, e depois da chegada dele em janeiro a releitura desse texto, leitura da tradução da Aimara, divisões de movimentos, workshops individuais, em dupla e em grupo e indicação de um workshop em grupo para ser apresentado no atual momento com o retorno das atividades. Além disso, foi relatada a realização das tarefas deixadas por Fernando: em algumas reuniões semanais A Outra estudou o texto tendo com foco atingir o binômio ritmo X entendimento e se preparou para o workshop.
Após um rápido alongamento os trabalhos foram de fato iniciados. Através de uma movimentação pelo espaço foi-se seguindo os comandos dados por Yamamoto, começou a acontecer à integração entre os atores a partir da movimentação, da pausas e de uma série de indicações para se fazer uma fila indiana, libanesa, etc. Em seguida, ele sugeriu que aos poucos o grupo fosse se dividindo em grupos menores seguindo indicações de gênero, cor, estrutura física e a partir dessas divisões era pedido que os grupos fizessem retratos de situações relacionadas ao grupo.
Depois dessa dinâmica, nos reunimos em círculo no centro da sala, nos apresentamos mais uma vez, com isso reforçou-se a integração entre A Outra e os Clowns para brincarmos de Vilão. Na brincadeira ficamos desfalcados. Eddy se machucou e Vinício e Manuela o levaram para o hospital.
Passado o susto, voltamos ao trabalho. Nos debruçamos sobre o texto para que Fernando indicasse as propostas de corte. Em seguida, Marco iniciou um trabalho de música e assim terminou o primeiro dia de atividades.
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