Li, re-li, li novamente, re-li novamente... e não resisti. Tive que escrever!
Na verdade desde a semana passada que não tenho escrito nada - embora venha acompanhando os relatos de Fernando sobre os trabalhos com a gente das bandas de cá.
Demorei a escrever porque optei por deixar a poeira baixar um pouco mais pós o nosso último encontro no sábado passado, onde fizemos uma espécie de avaliação. O fato é que gostaria de falar um pouco sobre essa primeira fase do trabalho com "Trabalhos", que foi bem cheio de trabalho diga-se de passagem! rsrsrs... que trocadilho!
Durante esses nove dias mergulhamos no texto, conhecendo suas peripécias, entendendo seu ritmo e suas rimas, construindo suas imagens e relações, aprendendo se vocabulário cheio de palavras que dão nó na língua. Uma coisa que é bom destacar: todos os dias antes de sentarmos na cadeira e nos deter sobre as palavras que os olhos acompanhavam enquanto as páginas eram passadas... sempre fazíamos algum tipo de exercício que ativava nosso contato enquanto coletivo reunido para desenvolver uma atividade (o vilão com e sem bastão, o jogo do andamento - acho que é isso, ai meu Deus, se eu errei tô frito!!! - aquele que é 1, 2, 3, 4, que tem uma série de variações...). O jogo entre nós era uma das janelas abertas antes de pegarmos no texto pra ler. O que ajudava a despertar o corpo e distanciar a mente do mundo lá fora que sempre vinha com a gente para a sala de ensaio, como se ali fossemos resolver algum problema de produção ou algum conflito de casa ou um estresse com um colega ou uma preocupação com uma conta pra pagar...
É importante também destacar os workshops individual, em dupla e em grupo. Nossa mãe! Como foi bacana fazer, desfazer e refazer tudo na hora, sem pensar muito, seguindo um caminho apontado pelo Fernando fosse pra ver até onde íamos, fosse pra ver o jogo melhor estabelecido, fosse pra puxar o tapete da gente que já vai armado com suas capas e artimanhas pra se sair bem na cena (os vícios do ator). Bom ver o outro se virando pra dar conta do recado, desconstruído, perdido, embaraçado, nú.
E aqui já aponto uma outra coisa apontada na avaliação: a dificuldade de se manter no estado de caubói (estado de prontidão assim batizado nesse período) durante a leitura. Foi hiper perceptível no workshop que fizemos em grupo, onde trabalhamos em cima da cena 3 do ato IV - que é a cena mais engenhosa da peça. Incrível como parecia que subíamos no cavalo toda vez que íamos falar o texto que nos cabia e depois descíamos pra relaxar, tendo que ter o trabalho dobrado na próxima fala quando tínhamos ainda que subir no cavalo pra falar ou reagir. O fato de ter o texto-objeto na mão na contracena, tendo que jogar com o(s) parceiro(s) de cena sem se perder no texto. Nossa! Isso a gente tem que descobrir como é que faz! AS leituras sempre começavam lá em cima, e depois ia desmoronando aos poucos até que no final estávamos todos só no texto, quase sem jogo. Essa é a grande tarefa pra março!
Ao final, muitas descobertas com o texto e entre a gente, Companhia! É bom quando alguém de fora vem trabalhar com a gente, muda de algum modo a nossa rota de comportamento na relação com o trabalho, com o outro, consigo. Muito bom! Agradeço ao Fernando pela paciência e pela grande sabedoria que trocou conosco na prática ao longo desses dias.
Que o mês de março não demore a chegar! Estamos anciosos por dar continuidade ao trabalho e por fazê-lo junto com os outros clowns!
Simbora minha gente!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Cumprido!
Da última jornada, o relato acabou ficando atrasado... Mas segue agora!
Apesar de termos marcado um dia mais longo de trabalho, além das habituais três horas diárias, acabamos começando um tanto atrasados, por uma reunião minha com o Luiz, Vinicio e Junior, para acertarmos as questões de produção da continuidade do projeto, em fevereiro e março.
Começamos com alguns jogos de ritmo/dinâmica, e pegamos o texto para finalmente fecharmos a análise, já que parte da última cena - imensa! - ainda não havia sido finalizada. Lemos, e concluímos as divisões de movimentos. Isso, aliado ao nosso atraso inicial, já foi o suficiente para ocupar as duas primeiras horas de trabalho.
Assim, optei por deixar a leitura final do texto todo (que deve nos levar mais de três horas pra ser feita) para esta semana, sem mim. Não é o ideal, mas pudemos nos dedicar a fazer uma boa avaliação do trabalho. Analisamos a opção pela tradução da Aimara, e as vantagens e desvantagens em trabalhar com ela - apesar de todos concordarem que é uma versão mais interessante para ser levada à cena -, a forma como o trabalho foi levado - a importância de fazermos alguma dinâmica corporal antes de irmos pra leitura, por exemplo -, as dificuldades da leitura, o quanto avançamos neste período, etc. Além disso, "encomendei" um workshop em dois grupo, para serem apresentados no primeiro dia de trabalho de março, que também encomendarei para os meninos dos Clowns.
Com todos os percalços e dificuldades, conseguimos fechar bem essa primeira etapa de trabalho. Confesso que fiquei satisfeito com os resultados obtidos, acho que os principais objetivos por mim traçados - aproximar as duas partes e mergulhar no texto com propriedade - foram atingidos.
Agora, em fevereiro, enquanto eu trabalho em Natal com os Clowns, a Outra segue fazendo leituras e preparando o trabalho para março. E aí, teremos três semanas de intensas atividades! No domingo, dia 1º de março, chegamos a Salvador, já com uma caranguejada marcada na casa do Vinício, para integração entre todos, e para começarmos bem no dia seguinte os trabalhos!
Antes de fechar o relato dessa primeira etapa, é importante também relatar a felicidade em ter reencontrado velhos amigos/parceiros e ter feito novos, como Fabinho Vidal, João Lima, Guerra, Cecília, os meninos do Oco Teatro, Felícia, Flavinha, Hebe Alves, Marcos Barbosa, dentre outros. E registrar o carinho e atenção que fui tratado por todos os residentes e funcionários do Vila Velha, em especial o Espírito Santo e Cris, que fizeram desses dez dias em Salvador um período muito agradávele tranquilo.
Por fim, agradecer imensamente aos "Outros", pela disposição e dedicação em me receber e no trabalho. Fincamos mais uma estaca nas fundações desta relação entre os grupos que só vêm se solidificando. Víni, Luiz, Juninho, Buranga, Edy, Jefferson, Indaiá, Manu, Ritinha, Lorena e Thiago, muitíssimo obrigado, e trabalhemos! Coragem!!!!
Apesar de termos marcado um dia mais longo de trabalho, além das habituais três horas diárias, acabamos começando um tanto atrasados, por uma reunião minha com o Luiz, Vinicio e Junior, para acertarmos as questões de produção da continuidade do projeto, em fevereiro e março.
Começamos com alguns jogos de ritmo/dinâmica, e pegamos o texto para finalmente fecharmos a análise, já que parte da última cena - imensa! - ainda não havia sido finalizada. Lemos, e concluímos as divisões de movimentos. Isso, aliado ao nosso atraso inicial, já foi o suficiente para ocupar as duas primeiras horas de trabalho.
Assim, optei por deixar a leitura final do texto todo (que deve nos levar mais de três horas pra ser feita) para esta semana, sem mim. Não é o ideal, mas pudemos nos dedicar a fazer uma boa avaliação do trabalho. Analisamos a opção pela tradução da Aimara, e as vantagens e desvantagens em trabalhar com ela - apesar de todos concordarem que é uma versão mais interessante para ser levada à cena -, a forma como o trabalho foi levado - a importância de fazermos alguma dinâmica corporal antes de irmos pra leitura, por exemplo -, as dificuldades da leitura, o quanto avançamos neste período, etc. Além disso, "encomendei" um workshop em dois grupo, para serem apresentados no primeiro dia de trabalho de março, que também encomendarei para os meninos dos Clowns.
Com todos os percalços e dificuldades, conseguimos fechar bem essa primeira etapa de trabalho. Confesso que fiquei satisfeito com os resultados obtidos, acho que os principais objetivos por mim traçados - aproximar as duas partes e mergulhar no texto com propriedade - foram atingidos.
Agora, em fevereiro, enquanto eu trabalho em Natal com os Clowns, a Outra segue fazendo leituras e preparando o trabalho para março. E aí, teremos três semanas de intensas atividades! No domingo, dia 1º de março, chegamos a Salvador, já com uma caranguejada marcada na casa do Vinício, para integração entre todos, e para começarmos bem no dia seguinte os trabalhos!
Antes de fechar o relato dessa primeira etapa, é importante também relatar a felicidade em ter reencontrado velhos amigos/parceiros e ter feito novos, como Fabinho Vidal, João Lima, Guerra, Cecília, os meninos do Oco Teatro, Felícia, Flavinha, Hebe Alves, Marcos Barbosa, dentre outros. E registrar o carinho e atenção que fui tratado por todos os residentes e funcionários do Vila Velha, em especial o Espírito Santo e Cris, que fizeram desses dez dias em Salvador um período muito agradávele tranquilo.
Por fim, agradecer imensamente aos "Outros", pela disposição e dedicação em me receber e no trabalho. Fincamos mais uma estaca nas fundações desta relação entre os grupos que só vêm se solidificando. Víni, Luiz, Juninho, Buranga, Edy, Jefferson, Indaiá, Manu, Ritinha, Lorena e Thiago, muitíssimo obrigado, e trabalhemos! Coragem!!!!
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Brincando de cena
No penúltimo dia de trabalho, os meninos começaram a trabalhar sem mim. Durante a primeira hora, prepararam os workshops da cena IV.3 que pedi para eles ontem. Dividi dois grupos, um com os meninos, outro com as meninas, ambos fazendo os nobres da peça (Rei Ferdinando, Biron/Berowne, Longaville e Dumaine). Coloquei o Jefferson como coringa, fazendo o Cabeção nas cenas dos dois grupos. Para cada grupo, propus um espaço diferente do Vila Velha. Para ambos, escadas.
Assim que cheguei, fomos às cenas. A cena é longa, tem alguns solilóquios bem compridos, em especial um do Biron, em que ele advoga pela inocência deles na quebra do juramento. Depois de um primeiro momento de performances individuais, seguido por fragmentos de cenas feitas em duplas, chegamos agora a um primeiro experimento de uma cena completa. E não de qualquer cena, mas da principal cena da peça, a mais espirituosa e inteligente.
Na avaliação que fizemos posteriormente, percebemos que, além das dificuldades em trabalhar com o texto em cena, dois vetores devem ser levados em consideração para conseguirmos fazer um bom trabalho neste processo: equilibrar ritmo com sentido do texto. Também conversamos bastante sobre as dificuldades em manter o jogo vivo enquanto não se está lendo. Diferente do que acontece em cena, a relação do ator que está lendo é primeiramente com o próprio texto (objeto), para em seguida estabelecer relação com outros atores. Levantamos a necessidade de se criar movimentos coletivos para reações ao que se está falando. Definitivamente, a lógica do jogo é diferente neste tipo de trabalho que estamos fazendo; Não podemos brigar contra as limitações que a leitura e o papel na mão apresentam, precisamos encontrar formas de usar a nosso favor, sem que sentemos todos em cadeiras no palco e façamos uma leitura dramática convencional e chata.
No geral, fiquei feliz com os exercícios. As leituras foram bem dinâmicas, com uma correção que mostram a evolução da relação dos atores com o texto. Ainda há muito a ganhar no sentido do texto, em especial nas filigranas que a leitura mais superficial esconde. Mas é notável o avanço que tivemos. Amanhã fecharemos esta primeira etapa. Vamos fazer o restinho da análise do texto, que não conseguimos fazer hoje, e fazer uma leitura corrida ao final. Lá, acredito que conseguiremos visualizar de forma mais palpável o quanto crescemos nestes nove dias, repetindo o trabalho do primeiro dia. E vontade de que março chegue logo!
Assim que cheguei, fomos às cenas. A cena é longa, tem alguns solilóquios bem compridos, em especial um do Biron, em que ele advoga pela inocência deles na quebra do juramento. Depois de um primeiro momento de performances individuais, seguido por fragmentos de cenas feitas em duplas, chegamos agora a um primeiro experimento de uma cena completa. E não de qualquer cena, mas da principal cena da peça, a mais espirituosa e inteligente.
Na avaliação que fizemos posteriormente, percebemos que, além das dificuldades em trabalhar com o texto em cena, dois vetores devem ser levados em consideração para conseguirmos fazer um bom trabalho neste processo: equilibrar ritmo com sentido do texto. Também conversamos bastante sobre as dificuldades em manter o jogo vivo enquanto não se está lendo. Diferente do que acontece em cena, a relação do ator que está lendo é primeiramente com o próprio texto (objeto), para em seguida estabelecer relação com outros atores. Levantamos a necessidade de se criar movimentos coletivos para reações ao que se está falando. Definitivamente, a lógica do jogo é diferente neste tipo de trabalho que estamos fazendo; Não podemos brigar contra as limitações que a leitura e o papel na mão apresentam, precisamos encontrar formas de usar a nosso favor, sem que sentemos todos em cadeiras no palco e façamos uma leitura dramática convencional e chata.
No geral, fiquei feliz com os exercícios. As leituras foram bem dinâmicas, com uma correção que mostram a evolução da relação dos atores com o texto. Ainda há muito a ganhar no sentido do texto, em especial nas filigranas que a leitura mais superficial esconde. Mas é notável o avanço que tivemos. Amanhã fecharemos esta primeira etapa. Vamos fazer o restinho da análise do texto, que não conseguimos fazer hoje, e fazer uma leitura corrida ao final. Lá, acredito que conseguiremos visualizar de forma mais palpável o quanto crescemos nestes nove dias, repetindo o trabalho do primeiro dia. E vontade de que março chegue logo!
Ainda
7ª jornada. Parecia ser mais um dia de dificuldades. Além das ausências da Manu e da Indaiá já anunciadas na véspera, a Ritinha ainda chegou bem doente, e não resistiu: voltou pra casa. Além disso, o Vini voltou a trabalhar conosco, mas ainda um tanto fragilizado pela gripe. E a barulheira da UNE lá fora continua... Paciência... Assim, cheios de desfalques e limitações, comecei o trabalho um tanto desanimado.
No entanto, começamos com um alongamento em duplas, e com o tradicional vilão, que deu uma boa ligada em todos. Fomos de imediato para a mesa, e a leitura foi surpreendentemente boa, conseguimos impor um bom ritmo, e os batismos dos movimentos de cena extremamente criativos!
Hoje faremos workshops coletivos em cima da cena IV.3, e em seguida fechamos a análise do texto para, amanhã, fazermos uma boa leitura final do texto, e avaliarmos essa primeira etapa do projeto, traçando perspectivas para a continuidade.
No entanto, começamos com um alongamento em duplas, e com o tradicional vilão, que deu uma boa ligada em todos. Fomos de imediato para a mesa, e a leitura foi surpreendentemente boa, conseguimos impor um bom ritmo, e os batismos dos movimentos de cena extremamente criativos!
Hoje faremos workshops coletivos em cima da cena IV.3, e em seguida fechamos a análise do texto para, amanhã, fazermos uma boa leitura final do texto, e avaliarmos essa primeira etapa do projeto, traçando perspectivas para a continuidade.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Dia 7... tá acabando
Calma! Esta primeira etapa está, de fato, infelizmente, acabando!
É interessante pensar como nestes sete dias de trabalho abriram um horizonte, descortinaram o textos e aos atores (estou falando por mim). Abriu novas possibilidades, mostrou novos caminhos, proporcionou muitos gaguejos, risadas, diversão, mas também, novas formas de analisar o texto, de compreender o universo shakespeariano, a sua estrutura, graças ao conhecimento trazido por Fernando.
Hoje continuamos o trabalho de divisão das cenas em movimentos e de dar nomes para os movimentos (isso garante umas boas risadas). Amanhã exercitaremos a cena 3 do 4° Ato, talvez a cena mais engenhosa da peça. Vai ser sucesso!
É interessante pensar como nestes sete dias de trabalho abriram um horizonte, descortinaram o textos e aos atores (estou falando por mim). Abriu novas possibilidades, mostrou novos caminhos, proporcionou muitos gaguejos, risadas, diversão, mas também, novas formas de analisar o texto, de compreender o universo shakespeariano, a sua estrutura, graças ao conhecimento trazido por Fernando.
Hoje continuamos o trabalho de divisão das cenas em movimentos e de dar nomes para os movimentos (isso garante umas boas risadas). Amanhã exercitaremos a cena 3 do 4° Ato, talvez a cena mais engenhosa da peça. Vai ser sucesso!
Rotinas e acidentes
O trabalho segue, e o tempo corre. Anteontem, quarta, diante de algumas queixas de dores nas costas, começamos com um alongamento trazido do aikido, em duplas. Em seguida, fomos para o vilão, aprofundando para o uso de bastão. A atenção redobrada pelo risco que o objeto oferece, e a ligeira sofisticação das regras, fazem do jogo mais vivo, apesar do tempo de transição até que se consiga jogar com fluidez.
Depois, as duplas se reuniram para finalizar o workshop que pedi na véspera, que cada um preparou individualmente em casa. Começamos pela apresentação do workshop anterior, o individual, da Indaiá, que não havia feito ainda. Em seguida, fomos para as duplas. Semelhante ao que fizemos nos workshops individuais, pude observar os atores trabalhando em relação, explorando as possibilidades que os diálogos oferecem: dinâmicas diferentes, disposição espacial, em movimento ou não, e algumas indicações de personagens. A rima da tradução da Aimara é uma faca de dois gumes: se o ator consegue entender o brilho que a rima pode oferecer ao texto, o jogo da cena realmente ganha força. No entanto, se optar por entrar em rota de colisão com a métrica e a melodia da rima, sua missão fica ainda mais difícil. No geral, neste exercício, o que pude perceber foi mais um tijolinho na parede, com o grupo ganhando mais apropriação do sentido do texto e começando a conseguir brincar com a peça. Por fim, adiantamos a análise de mesa.
Já ontem, o dia foi bem mais difícil. Tivemos que enfrentar alguns problemas: a ausência do Vinício, cujo corpo não aguentou e sucumbiu, a barulheira da bienal da UNE que acontece no Passeio Público, em frente ao Vila Velha, alguns atrasos, além de um cansaço físico mais ou menos generalizado. Além disso, reforçado pela notícia que a Manu e a Indaiá se ausentarão hoje, propus uma mudança de rota: deixarmos o trabalho em cima da cena 3 do Ato IV, que é o momento mais brilhante da peça, para sexta-feira, com todos presentes, e pularmos para as cenas que vêm depois dela, o Ato V.
Feito isso, partimos para uma massagem em trios, para tentar dar uma acordada no corpo e amenizar as dores e cansaços. Então, fomos para a leitura, das últimas cenas do texto. Depois de um começo difícil - incrível como o cansaço e as interferências externas têm influência direta na qualidade da leitura! -, conseguimos engrenar, ler até o final e adiantar a análise. Ainda deu tempo de propor uma brincadeira ao Luiz, que leu o Armado com um leve sotaque espanhol; apesar de ser pego no susto, apontou uns caminhos interessantes.
Entre mortos e feridos, sobrevivemos. Hoje, apesar das duas ausências, acho que conseguimos retomar o pique. De bom disso tudo, perceber como já conseguimos criar uma cumplicidade de trabalho, de grupo. Boa essa sensação de rotina, com gente com quem, apesar de conhecer há muito tempo, trabalho a tão pouco. Mais três dias pela frente, já de olho em março!
Jefferson, Manu e Vini tentando descobrir se era cervo ou veadinho...
Depois, as duplas se reuniram para finalizar o workshop que pedi na véspera, que cada um preparou individualmente em casa. Começamos pela apresentação do workshop anterior, o individual, da Indaiá, que não havia feito ainda. Em seguida, fomos para as duplas. Semelhante ao que fizemos nos workshops individuais, pude observar os atores trabalhando em relação, explorando as possibilidades que os diálogos oferecem: dinâmicas diferentes, disposição espacial, em movimento ou não, e algumas indicações de personagens. A rima da tradução da Aimara é uma faca de dois gumes: se o ator consegue entender o brilho que a rima pode oferecer ao texto, o jogo da cena realmente ganha força. No entanto, se optar por entrar em rota de colisão com a métrica e a melodia da rima, sua missão fica ainda mais difícil. No geral, neste exercício, o que pude perceber foi mais um tijolinho na parede, com o grupo ganhando mais apropriação do sentido do texto e começando a conseguir brincar com a peça. Por fim, adiantamos a análise de mesa.
Já ontem, o dia foi bem mais difícil. Tivemos que enfrentar alguns problemas: a ausência do Vinício, cujo corpo não aguentou e sucumbiu, a barulheira da bienal da UNE que acontece no Passeio Público, em frente ao Vila Velha, alguns atrasos, além de um cansaço físico mais ou menos generalizado. Além disso, reforçado pela notícia que a Manu e a Indaiá se ausentarão hoje, propus uma mudança de rota: deixarmos o trabalho em cima da cena 3 do Ato IV, que é o momento mais brilhante da peça, para sexta-feira, com todos presentes, e pularmos para as cenas que vêm depois dela, o Ato V.
Feito isso, partimos para uma massagem em trios, para tentar dar uma acordada no corpo e amenizar as dores e cansaços. Então, fomos para a leitura, das últimas cenas do texto. Depois de um começo difícil - incrível como o cansaço e as interferências externas têm influência direta na qualidade da leitura! -, conseguimos engrenar, ler até o final e adiantar a análise. Ainda deu tempo de propor uma brincadeira ao Luiz, que leu o Armado com um leve sotaque espanhol; apesar de ser pego no susto, apontou uns caminhos interessantes.
Entre mortos e feridos, sobrevivemos. Hoje, apesar das duas ausências, acho que conseguimos retomar o pique. De bom disso tudo, perceber como já conseguimos criar uma cumplicidade de trabalho, de grupo. Boa essa sensação de rotina, com gente com quem, apesar de conhecer há muito tempo, trabalho a tão pouco. Mais três dias pela frente, já de olho em março!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
rápido!
No mês de fevereiro, acontecerá uma oficina de teatro ministrada pel'A Outra Companhia de Teatro, tendo o Fernando Yamamoto como grande parceiro na organização desta atividade que integra o projeto de residência artística dele no PC do Teatro Vila Velha.
Então, a oficina será de 04 a 13 de fevereiro, das 14 as 16h, no Teatro Vila Velha/Passeio Público, as segundas, quartas e sextas. E as inscrições já estão abertas.
Quem quiser saber um pouco mais sobre o modo de trabalho d'A Outra Companhia e conhecer o que Fernando tem trazido para gente, é bom correr, pois são apenas 30 vagas e metade delas já está ocupada.
Simbora...!!!
Então, a oficina será de 04 a 13 de fevereiro, das 14 as 16h, no Teatro Vila Velha/Passeio Público, as segundas, quartas e sextas. E as inscrições já estão abertas.
Quem quiser saber um pouco mais sobre o modo de trabalho d'A Outra Companhia e conhecer o que Fernando tem trazido para gente, é bom correr, pois são apenas 30 vagas e metade delas já está ocupada.
Simbora...!!!
Assinar:
Postagens (Atom)