sábado, 28 de fevereiro de 2009
E março chegou!
Malas prontas, contas pagas, plantas cuidadas. Livros selecionados, DVDs separados e instrumentos embalados. Ansiedades prestes a serem alimentadas e vencidas. Finalmente março barte a porta. Amanhã (ou, daqui a pouco) chegaremos a terra de todos os santos pós Carnaval. É hora de celebrarmos o encontro e a nova fase desse projeto de trocas. Que venham os trabalhos. Que venham os desafios de TRABALHOS. É acarajé com jerimum! E vamo nóis!!
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Cortes
Nestes últimos dias antes de partir para a grande imersão em Salvador estive trabalhando numa proposta de alguns cortes do texto de Trabalhos de Amor Perdidos. A tarefa é ingratíssima, uma vez que a tradução que estamos trabalhando, da querida Aimara Resende, é de uma extrema felicidade, por um lado respeita o brilho da obra original, e mas por outro recontextualiza os jogos de palavras que o texto propõe.
Diferente de outros texto shakespearianos com os quais já trabalhamos, em especial o Muito Barulho, que identificamos uma necessidade de reduzir gorduras, confesso que, com o Trabalhos de Amor, propus cortes por uma questão de tempo de leitura: na cronometragem que os meninos fizeram em Salvador, a leitura durou 2h47! Além dessa dificuldade de ser muito mais direto, o texto é todo baseado em jogos de palavras e, nesta tradução - assim como no original -, é escrito em verso.
No retorno ao trabalho no Vila, com todos os atores, apresentarei essas propostas e fecharemos a nossa versão do texto.
Agora, é arrumar as malas e enfrentar o calor soteropolitano! Não tenho dúvida que o trabalho será muito bom, esse encontro dos Clowns e d'A Outra renderá muitos frutos.
Diferente de outros texto shakespearianos com os quais já trabalhamos, em especial o Muito Barulho, que identificamos uma necessidade de reduzir gorduras, confesso que, com o Trabalhos de Amor, propus cortes por uma questão de tempo de leitura: na cronometragem que os meninos fizeram em Salvador, a leitura durou 2h47! Além dessa dificuldade de ser muito mais direto, o texto é todo baseado em jogos de palavras e, nesta tradução - assim como no original -, é escrito em verso.
No retorno ao trabalho no Vila, com todos os atores, apresentarei essas propostas e fecharemos a nossa versão do texto.
Agora, é arrumar as malas e enfrentar o calor soteropolitano! Não tenho dúvida que o trabalho será muito bom, esse encontro dos Clowns e d'A Outra renderá muitos frutos.
Os selecionado...
Segue abaixo a lista dos selecionados para as três oficinas do projeto Conexão Shakespeare-Nordeste. Aos selecionados, parabéns! A quem ficou de fora, o nosso agradecimento pela inscrição e o nosso convite para participarem das outras atividades do projeto: o seminário sobre Shakespeare nos dias 18 e 19 de março e leitura encenada realizada pel'A Outra Companhia de Teatro e pelos Clowns de Shakespeare do texto Trabalhos de amor perdidos no dia 19 de março, às 19 horas, aqui no Vila.
Lembrando que segunda-feira começa a Oficina Laboratório de Criação Cênica, com Fernando Yamamoto. Então, todos os selecionado para esta oficina compareçam ao Vila a partir de 13:30.No mais, é isso... Segue a lista:
OFICINA LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO CÊNICA
1. ALEX BARRETO DOS SANTOS
2. ALEXANDRE GEISLER DE BRITO LIRA
3. ANA CAROLINA FERREIRA ALVES
4. ANDERSON DE ALCANTARA SANTOS
5. ANGEL MÁRIA MARQUES FONSECA
6. CRISTIANE MARIA GONÇALVES DE LACERDA
7. EDNEI SOARES DA COSTA
8. FILIPE SILVEIRA LEITE ALVES SANTOS
9. JAQUELINE DE LEÃO SANTANA
10. JONATAN DE SANTANA MIRANDA AMORIM
11. LUCAS DOS ANJOS PIMENTEL
12. MAIANA PASSOS VEIGA
13. MARINA POLLYANNA S. M. DO CARMO
14. MAURÍCIO SILVA MENDES
15. NOAN SOUZA SANTOS
16. ROBSON GOMES DA SILVA
17. ROGERIO DE ASSIS
18. ROSANGELA DE GINO BENTO
19. RUY JOSÉ DOS SANTOS
20. SANDRO SUZART SOUZA SANTANA
21. SAULUS CASTRO
22. VERENA UZÊDA SENA GOMES
23. VINÍCIUS MARTINS
24. WINDSON MORAES
25. YOLANDA JACY ROCHA DOURADO
OFICINA A MÚSICA DA CENA
1. ALBERT DE SOUZA VIEIRA
2. ANDRÉ LUÍS PINHEIRO
3. BÁRBARA VIRGÍNIA DAMASCENO BRAGA
4. BRUNO ROBERTO DE SOUSA
5. CARLOS DARZÉ
6. CATARINA ROSA CAMPOS
7. CHRISTIANA DIAS DE MENDES RIBEIRO
8. DANILO DOS SANTOS SILVA
9. DIEGO NUNES PINHEIRO
10. DOMINIQUE EVELYN GALVÃO DE JESUS
11. EMERSON SANTOS NUNES
12. EMILLIE LAPA DO ESPIRITO SANTO
13. FRANCISCO MÁRCIO DE LIMA OLIVEIRA
14. IVAN ALEXANDRE DOS SANTOS FILHO
15. JACYAN CASTILHO
16. JAMILE DE OLIVEIRA GONÇALVES
17. JÉSSICA COUTO PEREIRA
18. LIZ NOVAIS PINHEIRO
19. PATRÍCIA DE SÁ OLIVEIRA FRANCO
20. SARA QUELEN MASCARENHAS DOS SANTOS
21. VANIA FRANÇA DE OLIVEIRA
OFICINA GESTÃO DE GRUPO
1. ANGELA DA COSTA MOREIRA
2. BIANCA GONZAGA TRINDADE
3. CARLOS AGUSTO CHIMINI
4. CARLOS RAFAEL LUZ DE SOUSA
5. DOMINIQUE EVELYN GALVÃO DE JESUS
6. ELAINE PINHO
7. ÉRICA MARTINS DE MIRANDA RIBEIRO
8. FÁBIO OSÓRIO
9. FRANCISCO MÁRCIO DE LIMA OLIVEIRA
10. ISABELA COELHO
11. JULIETE NASCIMENTO DOS SANTOS
12. LAÍS GOMES ROCHA
13. MICHELE FERREIRA RAMOS
14. MONICA FERREIRA
15. PAULA BRITO DE OLIVEIRA
16. RAQUEL MACIEL PAULO DOS ANJOS
17. RENATA MACIEL PAULO DOS ANJOS
18. RUY JOSÉ DOS SANTOS
19. SHEILA ROBERTA MASCARENHAS LAURO DA SILVA
20. THIAGO MANDU DOS SANTOS
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Fecha a conta e passa a régua!
Acabou-se o que era doce! Não! Eu não estou falando do carnaval. Estão encerradas as inscrições para as oficinas do projeto Conexão Shakespeare-Nordeste.
A procura foi grande, mais uma vez recebemos toneladas de e-mails de incrições, inclusive durante o carnaval. Serão 20 alunos por turmas, as vagas foram mais concorridas do que abadá de graça ou vaga para trabalhar de cordeiro, e até amanhã, dia 27/02, entraremos em contato com os felizardos que farão parte das turmas das oficinas ministradas pelo grupo Clowns de Shakespeare (RN) entre os dias 02 e 20 de março.
Além das oficinas o projeto prevê ainda um seminário sobre Shakespeare nos dias 18 e 19 de março, aqui no Vila, e uma leitura encenada do texto Trabalhos de amor perdidos, no dia 19, às 19 horas, no Cabaré dos Novos, com entrada franca.
Mas para quem não conseguiu se inscrever nas oficinas do Conexão ou para quem se inscreveu e não foi selecionado sempre há uma chance de fazer oficina. Como na Bahia tem carnaval o ano todo, aqui no Vila também sempre tem oficina.
Aproveito a ocasião para informar em primeira mão que a partir de segunda-feira, dia 02, estão abertas as inscrições para a Oficina de Teatro para Iniciantes com A Outra Companhia de Teatro. As aulas acontecerão aos sábados e domingos, das 09 às 12:00, aqui no Vila.
Ligue pra gente a partir de segunda-feira ou mande um e-mail para aoutra@teatrovilavelha.com.br.
Não perca!
A procura foi grande, mais uma vez recebemos toneladas de e-mails de incrições, inclusive durante o carnaval. Serão 20 alunos por turmas, as vagas foram mais concorridas do que abadá de graça ou vaga para trabalhar de cordeiro, e até amanhã, dia 27/02, entraremos em contato com os felizardos que farão parte das turmas das oficinas ministradas pelo grupo Clowns de Shakespeare (RN) entre os dias 02 e 20 de março.
Além das oficinas o projeto prevê ainda um seminário sobre Shakespeare nos dias 18 e 19 de março, aqui no Vila, e uma leitura encenada do texto Trabalhos de amor perdidos, no dia 19, às 19 horas, no Cabaré dos Novos, com entrada franca.
Mas para quem não conseguiu se inscrever nas oficinas do Conexão ou para quem se inscreveu e não foi selecionado sempre há uma chance de fazer oficina. Como na Bahia tem carnaval o ano todo, aqui no Vila também sempre tem oficina.
Aproveito a ocasião para informar em primeira mão que a partir de segunda-feira, dia 02, estão abertas as inscrições para a Oficina de Teatro para Iniciantes com A Outra Companhia de Teatro. As aulas acontecerão aos sábados e domingos, das 09 às 12:00, aqui no Vila.
Ligue pra gente a partir de segunda-feira ou mande um e-mail para aoutra@teatrovilavelha.com.br.
Não perca!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Na última segunda-feira, nós d'A Outra nos encontramos numa das Salas do Teatro Vila Velha para preparar nosso workshop, que será apresentado ao Fernando e seus companheiros do Clowns de Shakespeare, que aqui chegarão todos juntos no dia 01 de março para iniciarmos nossa segunda etapa de preparação, finalização e apresentação da leitura encenada lá no dia 19/03.
Pois bem, chegamos (os meninos) com a proposta de levantar parte da Cena 1 do Ato I do "Trabalhos de Amos Perdidos". Começamos lendo o fragmento e improvisando, deixando vir livremente a contracena entre´a gente. Ao final desta primeira leitura percebemos que Jeferson não estava inserido no fragmento (nem no nosso nem no outro que ficou das meninas fazerem). O que fazer??? Sem demora, resolvemos! Ao invés de fazer só uma parte da cena, faremos toda ela. E assim seguimos, os cinco: Eu, Junior, Vinicio, Buranga e Jeferson... lendo e pensando em maneiras de deixar o texto mais claro, mais possível de ser entendido por quem for assistir... e chegamos num resultado que acreditamos que seja bacana e interessante de ser mostrado aos companheiros que chegarão logo em breve pelas bandas de cá da Bahia.
Então, mostramos as meninas que falaram o que acharam e na sequência assistimos ao que elas haviam preparado (mesmo desfalcadas, já que Rita viajou e só voltará depois do Carnaval e Indaiá não poderá fazer a leitura por conta de sua faculdade que este semestre será a noite!). O mesmo fizemos com elas: dissemos o que pensávamos e achávamos do que elas propuseram.
Pois bem, chegamos (os meninos) com a proposta de levantar parte da Cena 1 do Ato I do "Trabalhos de Amos Perdidos". Começamos lendo o fragmento e improvisando, deixando vir livremente a contracena entre´a gente. Ao final desta primeira leitura percebemos que Jeferson não estava inserido no fragmento (nem no nosso nem no outro que ficou das meninas fazerem). O que fazer??? Sem demora, resolvemos! Ao invés de fazer só uma parte da cena, faremos toda ela. E assim seguimos, os cinco: Eu, Junior, Vinicio, Buranga e Jeferson... lendo e pensando em maneiras de deixar o texto mais claro, mais possível de ser entendido por quem for assistir... e chegamos num resultado que acreditamos que seja bacana e interessante de ser mostrado aos companheiros que chegarão logo em breve pelas bandas de cá da Bahia.
Então, mostramos as meninas que falaram o que acharam e na sequência assistimos ao que elas haviam preparado (mesmo desfalcadas, já que Rita viajou e só voltará depois do Carnaval e Indaiá não poderá fazer a leitura por conta de sua faculdade que este semestre será a noite!). O mesmo fizemos com elas: dissemos o que pensávamos e achávamos do que elas propuseram.
E assim... trocando, conversando, criando e lendo, finalizamos nossos trabalhos afinal amanhã já começa a folia aqui na terra de todos os cantos, encantos e axé - é CARNAVAL minha gente! Vamo simbora! Vamos nos divertir seja no meio da folia ou fora dela, descansando!
Ah! Em último tempo, as inscrições para as oficinas da segunda etapa do projeto estão rolando a todo vapor. Muita gente procurando e se inscrevendo... tá um negócio que só vendo! No dia 27/02 estaremos fechando as turmas, tentando acolher ao máximo todos os interessados, mas... É importante só registrar que desse modo percebemos como ainda são poucas as atividades de formação nesse sentido (oficinas artísticas gartuitas e de qualidade) aqui pela capital soteropolitana!
Axé! Axé! Axé!
sábado, 14 de fevereiro de 2009
... menino, foi com muito riso, muitas surpresas e bons resultados que encerramos ontem a oficina de teatro ministrada pel'A Outra Companhia de Teatro.
A oficina, que começou no último dia 04, trouxe para os participantes uma série de exercícios e dinâmicas que despertassem nos jovens artistas um dos pilares das artes cênicas - que acreditamos ser o centro da interpretação: a contracenação, a troca, o jogo entre os atores.
Com muitas revisões no cronograma das atividades a serem realizadas, finalizamos compondo uma espécie de mostra de resultado! Não era a nossa intenção, pelo contrário. Como tínhamos uma carga horária de apenas 15h, optamos por não pensar num possível resultado, pois assim poderíamos trabalhar com os alunos mais jogos que focassem na dilatação de energia, no entrosamento e composição de grupo, na construção de estruturas dramaturgicas e na contracenação.
Pois bem, não conseguimos resistir a mostra, na verdade a geração de um resultado prático e direto destes 05 encontros ao longo dessas duas semanas. Os meninos queriam, a gente resistiu, mas foi o decorrer da oficina que nos revelou essas preciosas cenas ricas em entusiasmo e tão cheio de pessoas-personagens com as quais cruzaremos aí a fora durante os próximos 06 ou 07 ou 08 dias de Carnaval aqui na terra do axé?! Artistas, cantores, foliões, cordeiros, prostitutas, capoeiristas, travestidos... um sem-fim de criaturas!
Assim, finalizamos nossa oficina!
E os trabalhos para a leitura encenada continuam! Temos nos encontrado as segundas e quartas pra trabalharmos em cima do binômio ritmo-entendimento e preparmos o worshop com sugestões de encenação e tal... vamo em frente!!!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Começo Marginal
Nossa porta de entrada no projeto foi meio que marginal. Começamos à distancia, aqui mesmo em Natal, e sem a presença de Fernando. Nosso único meio de contato com os outros, ou melhor dizendo, com a “Outra”, resumia-se a esse blog e alguns breves relatos obtidos em rápidos telefonemas.
Começamos por ler a tradução de Beatriz Viégas, dividir a peça em movimentos e posteriormente dar nome a eles.
Essa prática de dividir a peça em movimentos, ao que me lembro, foi proposta pela primeira vez em nosso grupo pelo ator e diretor Eduardo Moreira, do grupo Galpão, quando juntamente com Fernando dirigiu o nosso espetáculo “Muito Barulho Por Quase Nada”. Trata-se de uma divisão sequencial minuciosa da dramaturgia em pequenos fragmentos. Dentro de cada cena, por vezes, chega a caber vários movimentos.
O que define o fim de um movimento e o começo do seguinte já foi motivo de discussão dentro do grupo, mas ainda assim não me sinto seguro o suficiente a ponto de conseguir escrever seu normativo. Diria que sempre que a música da narrativa oferece alguma mudança perceptível aos ouvidos tratamos de determinar uma quebra de movimento. Sempre que muda o assunto, ou ainda o elemento central que naquele momento move o conjunto de ações, tratamos de definir que o movimento mudou.
Ao final da extração de cada pequena fatia tratamos de dar um nome a ela. A tarefa de batismo nos rende boas risadas e da espaço para a criação de títulos dos mais sugestivos. Essa é uma forma eficiente de facilitar a compreensão e a memorização da seqüência de acontecimentos da história.
Começamos por ler a tradução de Beatriz Viégas, dividir a peça em movimentos e posteriormente dar nome a eles.
Essa prática de dividir a peça em movimentos, ao que me lembro, foi proposta pela primeira vez em nosso grupo pelo ator e diretor Eduardo Moreira, do grupo Galpão, quando juntamente com Fernando dirigiu o nosso espetáculo “Muito Barulho Por Quase Nada”. Trata-se de uma divisão sequencial minuciosa da dramaturgia em pequenos fragmentos. Dentro de cada cena, por vezes, chega a caber vários movimentos.
O que define o fim de um movimento e o começo do seguinte já foi motivo de discussão dentro do grupo, mas ainda assim não me sinto seguro o suficiente a ponto de conseguir escrever seu normativo. Diria que sempre que a música da narrativa oferece alguma mudança perceptível aos ouvidos tratamos de determinar uma quebra de movimento. Sempre que muda o assunto, ou ainda o elemento central que naquele momento move o conjunto de ações, tratamos de definir que o movimento mudou.
Ao final da extração de cada pequena fatia tratamos de dar um nome a ela. A tarefa de batismo nos rende boas risadas e da espaço para a criação de títulos dos mais sugestivos. Essa é uma forma eficiente de facilitar a compreensão e a memorização da seqüência de acontecimentos da história.
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